O porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, afirmou nesta segunda-feira que há negociações em andamento entre lideranças políticas em Washington sobre o financiamento do muro com o México e também sobre a verba necessária para evitar a paralisação do governo e impedi-lo de atingir o chamado teto da dívida. Spicer disse esperar que ocorra um anúncio em breve sobre o muro, mas não quis entrar em detalhes sobre o assunto, com o argumento de que o diálogo ainda está em andamento e de que não queria se adiantar a um anúncio do presidente Donald Trump. Além disso, o porta-voz mostrou-se confiante de que haverá um acordo no Congresso para definir o orçamento do governo e evitar que seja atingido o teto da dívida. “O governo não ficará paralisado” , afirmou.
Spicer comentou também que o governo Trump está “muito orgulhoso” do que conseguiu fazer até aqui, pouco antes de completar os primeiros 100 dias de governo, no sábado. Segundo ele, vários avanços foram feitos, mas muitas mudanças políticas devem ainda ser conseguidas no decorrer do governo. Spicer também repetiu que o governo ainda deseja aprovar uma reforma na saúde, mas sem se comprometer com uma data para isso. Além disso, disse que Trump já “deixou claro que infraestrutura é uma prioridade para ele”, embora o governo queira primeiro aprovar a reforma na saúde e a tributária.
Durante a entrevista coletiva em Washington, Spicer também lamentou a morte de um monitor americano na Ucrânia e pediu que seja cumprido o acordo de Minsk para acabar com a violência no país. O monitor, um paramédico que ainda não teve a identidade divulgada, morreu após pisar em uma mina. Os EUA já impuseram sanções à Rússia por seu comportamento na vizinha Ucrânia, após Moscou anexar a Crimeia e apoiar separatistas no leste ucraniano.
Em relação à Coreia do Norte, o porta-voz do governo americano elogiou o nível de engajamento “muito positivo” da China para lidar com a questão, sem entrar em detalhes. Sobre a eleição francesa, disse apenas que cabe ao povo do país eleger seu próximo líder e que os EUA não se envolverão nesse assunto doméstico.