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EUA: paralisação do governo, caso encerrada logo, não deve prejudicar economia

Caso a paralisação do governo dos Estados Unidos continue por alguns dias, ou até semanas, o mercado de ações norte-americano pode sair ileso. Um impasse mais longo, entretanto, pode prejudicar a confiança dos investidores, derrubar as cotações e levar o mercado para um viés de baixa, disseram economistas. O Senado dos Estados Unidos não conseguiu a quantidade de votos necessária para aprovar uma medida de curto prazo que pretendia estender o financiamento ao governo de Donald Trump e elevar o teto do endividamento, o que bloqueou a máquina pública.

Especialistas projetaram, de forma geral, que a paralisação iniciada neste sábado não deve se estender por tempo suficiente para sufocar a economia. Segundo eles, com a proximidade das eleições em novembro, tanto os democratas quanto os republicanos querem proteger o eleitorado de possíveis dores de cabeça.

Além disso, investidores e consumidores têm se sentido mais otimistas após o corte de impostos assinado por Trump no mês passado. Diante disso, a economia seria forte o suficiente para atravessar uma paralisação curta. “Por agora, parece improvável que vai ser uma paralisação de quatro semanas”, disse Beth Ann Bovino, da agência de classificação de risco S&P Global nos Estados Unidos.

Já Sameer Samana, da Wells Fargo Investment Institute, disse que a paralisação não é muito significativa, a menos que ela afete de alguma forma o consumo no país.

A economia, entretanto, pode ser afetada caso os parques e monumentos da cidade fiquem fechados por um longo período. Viagens podem ser canceladas, prejudicando as regiões nas proximidades desses pontos turísticos. O Departamento do Interior se comprometeu em manter o máximo de parques e áreas públicas abertos. Mesmo assim, neste sábado, primeiro dia da paralisação, o funcionamento já foi irregular.

Após o bloqueio do governo que durou 16 dias em outubro de 2013, O escritório de análise econômica dos Estados Unidos (BEA) estimou um recuo de 0,3% no crescimento econômico no último trimestre daquele ano. De acordo com Leslie Preston, economista sênior no banco TD, a economia está atualmente “forte o suficiente para suportar” um golpe de tamanho similar, na medida em que o crescimento para o trimestre de janeiro a março está projetado em quase 2,5%.

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