O vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, acusou o Congresso dos EUA de fazer política com pagamento militar e disse a soldados norte-americanos perto da fronteira com a Síria que a administração Trump exigiria que os legisladores reabrissem o governo, paralisado desde sábado. Pence afirmou que os membros do serviço militar e suas famílias “não deveriam ter que se preocupar em receber seus pagamentos”. “Apesar do apoio bipartidário para uma resolução de orçamento, uma minoria no Senado decidiu fazer política com pagamento militar”, disse Pence na base militar. “Mas você merecem mais.”
Durante uma paralisação do governo, todos os militares devem se apresentar para o trabalho como de costume. As tropas não podem ser pagas por dever realizado depois que a paralisação começou, mas seus cheques de pagamento serão adiados apenas se a paralisação do governo se estender além de 1º de fevereiro. Isso ocorre porque o pagamento é emitido apenas duas vezes por mês, no dia primeiro e no 15º.
Os democratas disseram que ofereceram uma medida no Senado para permitir que militares sejam remunerados durante a paralisação, mas que ela foi rejeitada. “Então, não queremos de nenhuma forma diminuir nosso compromisso com nossas tropas”, disse o senador democrata Richard Durbin, de Illinois, no programa da ABC “This Week”. No domingo, o diretor de orçamento da Casa Branca, Mick Mulvaney, também se queixou do impacto potencial da paralisação nas forças armadas, mas reconheceu que as tropas devem obter o seu salário. “Tradicionalmente, cada vez que há uma paralisação, o Congresso votou para pagar retroativamente e nós apoiamos isso”, disse ao “Face the Nation”, da CBS.
Pence afirmou que a administração Trump não reabrirá as negociações “sobre imigração ilegal” até o Congresso acabar com a paralisação. “Nós vamos cumprir nossas obrigações com vocês e suas famílias “, disse Pence. “Peço a vocês, em nome de seu comandante, que deixem de lado distrações, foquem em sua missão, cuidem uns dos outros.”
Pence visitou uma base militar no Oriente Médio após as suas reuniões em Amã com o rei da Jordânia Abdullah II. Jornalistas que cobriram a visita receberam o pedido de não revelar o nome e a localização da base por questões de segurança e preocupações diplomáticas. Fonte: Associated Press.