Questionamentos sobre a intromissão russa na eleição de 2016 nos Estados Unidos seguiram o presidente do país, Donald Trump, na sua visita à Ásia. Trump disse em entrevista coletiva concedida neste domingo na capital do Vietnã, antes de embarcar para as Filipinas, que acredita nas agências de inteligência dos EUA, que concluíram em relatório que a Rússia interferiu nas eleições presidenciais dos EUA de 2016. Mas Trump disse também que acredita no presidente da Rússia, Vladimir Putin, quando ele afirma que seu país não fez tal coisa.
Questionado para responder com sim ou não se acreditava que o relatório de inteligência sobre a interferência russa é verdadeiro, Trump declinou. Em vez disso, ele rejeitou haver qualquer dúvida sobre sua confiança nas agências de inteligência, mas lançou dúvidas sobre a administração anterior. “Estou com as nossas agências, especialmente na sua constituição atual”, disse Trump. “Eu acredito muito em nossas agências de inteligência.” Entretanto, sobre Putin, Trump disse acreditar “que ele sente que ele e a Rússia não interferiram nas eleições”.
Os principais funcionários de inteligência dos EUA, incluindo os da CIA, concluíram que a Rússia interferiu nas eleições para ajudar o republicano Trump a derrotar a democrata Hillary Clinton. Um conselho especial e várias comissões do Congresso norte-americano também estão investigando possível conluio entre Moscou e os assessores da campanha de Trump.
Sobre a Coreia do Norte, Trump disse que existia uma “possibilidade” de que ele pudesse ter um relacionamento amistoso com o líder norte-coreano Kim Jong Un. Os dois se envolveram em uma guerra de palavras, com insultos à aparência e à capacidade mental um do outro. “Coisas estranhas acontecem na vida – pode ser uma coisa estranha de acontecer, mas certamente é uma possibilidade”, disse Trump. “Se isso acontecesse, seria uma coisa boa para a Coreia do Norte. Mas também seria bom para muitos outros lugares, e seria bom para o mundo.” Fonte: Associated Press e Dow Jones Newswires.