Estadão

EUA restringem produtos de sílica, como painéis solares, de Xinjiang, na China

Os Estados Unidos emitiram uma ordem de restrição contra uma empresa da região autônoma de Xinjiang, no noroeste da China, alegando envolvimento com trabalho forçado durante a produção.

Os produtos feitos à base de sílica pela Hoshine Silicon Industry Co. e empresas subsidiárias serão imediatamente retidos em todos os portos de entrada dos EUA. O composto é uma matéria-prima usada na fabricação de componentes para painéis solares, eletrônicos e outros produtos. O anúncio foi feito nesta quinta-feira, 24, pelo secretário de Segurança Interna dos Estados Unidos, Alejandro N. Mayorkas.

A ordem foi emitida pela Alfândega e Proteção de Fronteiras (CBP, na sigla em inglês), com base em informações que indicam "sensatamente", de acordo com comunicado do governo americano, que a Hoshine usa trabalho forçado para fabricar produtos à base de sílica. Durante a investigação sobre produtos, a CBP identificou casos de intimidação e ameaças, além de restrições de movimento. Ambos são indicativos de trabalho forçado, com base nas diretrizes da Organização Internacional do Trabalho.

"Esta Ordem de Retenção de Liberação demonstra que continuamos a proteger os direitos humanos e os padrões internacionais de trabalho e a promover um mercado global mais justo e competitivo, cumprindo o compromisso da administração Biden-Harris de acabar com o trabalho forçado", disse Mayorkas. A decisão foi tomada pouco depois da 47ª cúpula do G7, ocorrida no início deste mês, quando os Estados Unidos e demais países-membros se comprometeram a remover o trabalho forçado das cadeias de abastecimento globais.

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