Internacional

EUA: sanções à Coreia do Norte são primeiro passo em resposta ao ataque à Sony

Os Estados Unidos afirmam que a sua nova rodada de sanções contra a Coreia do Norte é apenas o primeiro passo em resposta ao ciberataque à Sony, embora não esteja claro que outras atitudes o governo norte-americano poderá tomar para isolar ainda mais uma nação que já dispõe de poucos amigos no mundo. Essa foi a primeira vez que o país reforçou sanções motivada por uma ação do tipo.

Nem mesmo as novas medidas podem ferir Pyongyang tanto quanto pretende o presidente Barack Obama. Isso porque a Coreia do Norte já está sob um regime estrito de sanções imposto pelos Estados Unidos por causa de seu programa nuclear.

Serão afetadas três empresas próximas do setor de defesa do país, incluindo dez pessoas que trabalham para essas companhias ou para o governo diretamente. Seus ativos nos Estados Unidos serão congelados e eles estão proibidos de utilizar o sistema financeiro norte-americano. No entanto, as três empresas já estavam em listas de sanções anteriores e autoridades não podiam informar se as dez pessoas afetadas realmente possuíam ativos nos EUA.

Ainda assim, o governo norte-americano retratou as novas sanções como uma resposta decisiva ao comportamento de Pyongyang. “A ordem não é direcionada ao povo da Coreia do Norte, mas ao governo do país e suas atividades que ameaçam os Estados Unidos e outros”, escreveu Obama em carta para líderes do Congresso.

Obama disse também que os EUA consideram colocar a Coreia do Norte de volta à lista de países que apoiam o terrorismo. Além disso, não está claro que outras penalidades os norte-americanos ainda têm em seu arsenal, já que não há apetite para uma intervenção militar no país.

A Coreia do Norte nega ter conduzido o ciberataque que levou à divulgação de milhares de arquivos confidenciais da Sony. Muitos especialistas no tema afirmam que é inteiramente possível que o país não tenha participado da ação e questionam como o FBI pode acusar Pyongyang de forma tão decisiva. Em resposta, autoridades disseram apenas que tais analistas não dispõem das informações privilegiadas do FBI. Fonte: Associated Press.

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