Os Estados Unidos ultrapassaram a marca de 350 mil mortos pelo novo coronavírus neste domingo (3), de acordo com o levantamento mais recente da Universidade Johns Hopkins. A instituição americana registrou 350.215 óbitos em um total de 20.431.220 casos, maiores números entre os países que a universidade compila os dados.
A marca é alcançada quando os EUA começam vacinar seus trabalhadores de saúde e moradores de casas de repousos, mas com autoridades sanitárias temerosas de que as festas de fim de ano possam causar um aumento ainda maior de casos e óbitos na segunda onda da pandemia. Estados como Califórnia e Carolina do Norte registraram recorde de casos nos últimos dias.
O infectologista Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos EUA, disse em entrevista para a emissora ABC que é realista o plano do presidente eleito Joe Biden de administrar 100 milhões de vacinas nos 100 primeiros dias do mandato. "Nós podemos vacinar um milhão de pessoas por dia, já fizemos grandes mutirões de vacinação em nossa história, não seria diferente agora."
Fauci, que lidera as iniciativas do governo americano no combate à pandemia, admitiu que o início da vacinação está mais lento que o esperado, mas que não era surpresa por conta da escala e das dificuldades de armazenamento dos imunizantes. "Não estamos no ritmo que gostaríamos de estar", afirmou o infectologista.
Ele chamou de "ridícula" a afirmação que o presidente dos EUA, Donald Trump, fez no Twitter neste domingo, criticando o Centro de Controle de Doenças (CDC, na sigla em inglês), por supostamente usar uma metodologia que aumenta os números de casos e mortes no país. "Essas mortes são reais", disparou, lembrando que hospitais estão ficando sem leitos e trabalhadores de saúde esgotados com o acirramento da pandemia.
<i>Com informações da Associated Press</i>