Assim como no basquete masculino, no feminino, os Estados Unidos são hegemônicos e ampliaram o seu domínio em Jogos Olímpicos. Neste domingo, as americanas derrotam o Japão por 90 a 75 em Saitama, encerraram a Olimpíada de Tóquio invictas e conquistaram o sétimo ouro consecutivo.
A vitória, relativamente tranquila, sem muitos sustos, também manteve a invencibilidade dos Estados Unidos no basquete feminino. A equipe não perde uma partida em Jogos Olímpicos desde 1992 e ostenta 55 triunfos consecutivos. A invencibilidade já dura 29 anos, desde a disputa pelo bronze, em Barcelona-1992. De lá para cá, o que se viu foi uma soberania americana notável.
Os sete ouros olímpicos consecutivos da seleção feminina americana igualam a maior sequência do time masculino dos EUA, entre Berlim-1936 e Cidade do México-1968. O "Dream Team" masculino tem quatro títulos seguidos, incluindo já o desta edição, sobre a França.
A ala Breanna Stewart não foi a cestinha do jogo, mas comandou, ao lado das pivôs Brittney Griner e A ja Wilson o triunfo que garantiu o hepta no Japão. Ela foi a melhor jogadora da competição e fechou sua participação em Tóquio com um "double-double" de 14 pontos e 14 rebotes. Griner brilhou com 30 pontos e foi a maior pontuadora do duelo em Saitama.
Estreante em Olimpíadas, Wilson foi a cestinha americana na competição, com 17,5 pontos por partida, incluindo 19 na final. O trio foi soberano no garrafão durante todo o torneio nos dois lados e, neste domingo, combinaram para 11 dos 12 tocos executados pelas americanas.
Maki Takada foi a protagonista do Japão, com 17 pontos, e Nako Motohashi também se destacou, com 16 pontos. As anfitriãs fizeram campanha histórica com a primeira medalha olímpica do basquete do país.
A seleção americana jogou disposta a abrir uma vantagem logo cedo que a deixasse confortável na partida. Aproveitando a vantagem de altura e arremessos sempre bem colocados, as americanas abriram uma boa diferença e venceram o primeiro quarto por 23 a 14.
As japonesas protagonizaram um segundo período, ganharam confiança e arriscaram jogadas no garrafão. A baixinha Motohashi, de 1,65m, fez uma bandeja em cima da gigante de Griner, de 2,03m, mas foi pouco diante da talentosa geração americana, que deslancharam e não deram brechas para as anfitriãs encostarem.
Apenas no último quarto o Japão levou a melhor (19 a 14), mas àquela altura o time americano já havia construído um placar difícil de ser revertido a partir do talento de Stewart, com cestas decisivas.