A Casa Branca entrou em contato com o Irã secretamente em dezembro para propor a criação de um canal direto para negociar a soltura de prisioneiros de ambos os lados, segundo funcionários do governo. Essa teria sido a primeira abertura diplomática dos Estados Unidos com o Irã no governo de Donald Trump.
No entanto, o Irã não respondeu ao contato e, apesar de ter recebido ao menos três ofertas subsequentes de Washington, o país se recusou até o momento a discutir a questão. O aparente impasse levanta incertezas sobre o destino de pelo menos quatro americanos detidos pelo Irã.
A oferta de dezembro foi a primeira vez, desde que Trump assumiu a Casa Branca, que o governo sinalizou sua intenção de fazer uma troca de prisioneiros. Na maior parte do ano, o governo esteve revisando e endurecendo sua política contra o Irã, chegando a assumir uma postura dura sobre os teste de mísseis de Teerã.
Nos bastidores da reunião internacional sobre o acordo nuclear do Irã, ocorrida em Viena em meados de dezembro, o subsecretário de Estado para Assuntos Políticos, Tom Shannon, levantou a questão dos americanos detidos pelo Irã.
O Departamento de Estado não comentou especificamente sobre a tentativa de diálogo com o Irã. O subsecretário de Estado para Diplomacia Pública e Relações Públicas, Steve Goldstein, não respondeu a perguntas enviadas pela reportagem.
“Nós procuramos todas as oportunidades que pudermos para chamar atenção para o fato de que nós queremos ver a libertação dos prisioneiros americanos detidos injustamente no Irã, e isso é feito por meio de uma variedade de mecanismos”, disse Goldstein. Fonte: Dow Jones Newswires.