O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, renovou a controversa nomeação da economista Judy Shelton a uma vaga no Conselho do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). Em novembro, o Senado havia rejeitado a indicação, mas uma manobra do líder republicano no Senado, Mitch McConnell, deixou aberta a possibilidade de uma nova votação.
Três senadores do partido governista se juntaram a todos os democratas em oposição a Shelton, duramente criticada por já ter defendido posições econômicas pouco ortodoxas, como o retorno ao padrão-ouro. No entanto, um desses parlamentares, Lamar Alexander, se aposentou e foi substituído por um aliado de Trump.
Dessa forma, a confirmação da economista dependerá do resultado do segundo turno na Geórgia, que definirá o comando do Senado na noite desta terça-feira. Se o Partido Democrata conquistar pelo menos um dos assentos em jogo, é improvável que ela consiga os votos necessários.
Shelton foi indicada ao cargo em 2019, mas enfrenta resistências por conta de declarações críticas ao Fed. Em agosto do ano passado, um grupo de 130 economistas, incluindo sete ganhadores do Prêmio Nobel, enviou uma carta ao Congresso em que recomenda a rejeição de Shelton e chama as opiniões dela de "extremas e imprudentes".