Representante dos Estados Unidos na Organização das Nações Unidas, Linda Thomas-Greenfield rebateu as acusações feitas pela Rússia mais cedo no Conselho de Segurança (CS) contra a Ucrânia. A diplomata americana afirmou que a Ucrânia não tem programa algum de armas biológicas, mas apenas instituições de saúde, apoiadas pelos EUA.
Thomas-Greenfield disse que a Rússia é a agressora na guerra na Ucrânia e afirmou que os russos é que possuem um programa de armas biológicas. Lembrou ainda de episódios de envenenamentos contra oposicionistas do regime do presidente Vladimir Putin e afirmou que a insistência de Moscou na desinformação "é um sinal de seu desespero".
O representante da França, Nicolas de Rivière, falou em linha similar à dos EUA, acusando a Rússia de veicular notícias falsas. Além disso, lembrou do apoio russo às forças oficiais da Síria, onde foram usadas armas químicas. A representante do Reino Unido, Barbara Woodward, também denunciou a desinformação e criticou a campanha militar russa na Ucrânia, lamentando ainda que Moscou use uma sessão do Conselho de Segurança para veicular essas versões. "Pedimos à Rússia que pare com essa invasão agora", insistiu Woodward.
<b>Brasil</b>
Representante do Brasil na Organização das Nações Unidas, Ronaldo Costa Filho afirmou, durante a reunião do Conselho de Segurança, que as alegações feitas mais cedo pela Rússia são "extremamente sérias". O representante russo na ONU acusou a Ucrânia de conduzir pesquisas sobre armas biológicas, o que foi rebatido como falso pelos enviados de Estados Unidos, Reino Unido e França.
O representante brasileiro disse que uma acusação do tipo precisa ser "acompanhada de provas", enviadas a uma autoridade imparcial. Ele ainda reafirmou posição do País de defender mecanismos de transparência e mais avanços para controlar esse tipo de armamento. "O Brasil condena nos termos mais fortes possíveis o uso ou a ameaça do uso de armas biológicas", disse Costa Filho.
<b>China</b>
Representante permanente da China na ONU, Zhang Jun afirmou nesta sexta-feira no CS que há o desejo compartilhado na comunidade internacional, e também por seu próprio país, por um cessar-fogo "o mais rápido possível" na Ucrânia. Ele comentou que houve várias rodadas de negociações entre as partes e disse que uma solução em breve poderá evitar uma crise humanitária ainda maior. "A China continuará a facilitar o diálogo pela paz", comentou. Zhao argumentou que a China se opõe ao desenvolvimento ou uso de armas biológicas. Ele pediu que todos os países destruam arsenais do tipo e pediu passos para aumentar a segurança nessa frente pelo mundo.