Os Estados Unidos ultrapassaram neste domingo (20) o total de 317 mil mortos pelo novo coronavírus, com o número de infecções somando 17,820 milhões, de acordo com dados compilados pela Universidade Johns Hopkins.
Os casos continuam a aumentar desde o Dia de Ação de Graças e autoridades de saúde agora temem que o aumento seja agravado após o Natal e o Ano Novo. Até o momento, duas vacinas foram aprovadas por reguladores federais e algumas doses já foram administradas a milhares de pessoas, principalmente idosos e trabalhadores da área da saúde.
Neste domingo, remessas iniciais da segunda vacina contra a covid-19 autorizada no país, a da Moderna, começaram a sair dos centros de distribuição e serem transportadas para aplicação nos próximos dias. O transporte se inicia apenas três dias após a Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA, na sigla em inglês) dos EUA ter aprovado o imunizante. As vacinas da Pfizer e da Moderna já embarcadas, e as que serão embarcadas nas próximas semanas, vão quase todas para trabalhadores de saúde e residentes de lares para idosos.
No resto do mundo, a preocupação aumenta quanto à nova variante da doença identificada no Reino Unido, Dinamarca e África do Sul. Com isso, vários países começaram a impor restrições e suspender viagens vindas do Reino Unido, caso da Alemanha, Holanda, França, Itália, Bulgária, Irlanda, Bélgica, Israel e Arábia Saudita, por exemplo. Com esse movimento, o governador da cidade de Nova York, Andrew Cuomo, disse a repórteres durante a tarde de domingo que quer a suspensão de voos da Grã-Bretanha para a cidade norte-americana. Segundo ele, os seis voos que chegam diariamente ao Aeroporto John Kennedy vindos da Grã-Bretanha representam um risco para a saúde. Ele pediu ao governo federal que proibisse os voos ou exigisse testes de diagnóstico em todos os passageiros.
"A primeira onda de infecções por coronavírus em Nova York veio da Europa e não fizemos nada", disse o governador democrata. "Não fazer nada é negligente."
Contudo, também no domingo, o secretário-assistente do Departamento de Saúde dos EUA, Dr. Brett Giroir, disse que não prevê uma proibição rápida dos Estados Unidos às viagens do Reino Unido por causa da nova variante do coronavírus. "Eu realmente não acredito que precisamos fazer isso ainda", disse Giroir em entrevista à <i>ABC News</i>. "Ainda não vimos uma única mutação do vírus que o fizesse escapar da vacina", acrescentou. (Com agências internacionais).