O governo dos Estados Unidos espera que as pressões inflacionárias causadas por problemas nas cadeias de fornecimento sejam transitórias, e diz que elas ocorrem em parte pela rápida retomada do país, indicou nesta terça-feira a vice-presidente do Conselho Econômico Nacional, Sameera Fazili, em coletiva de imprensa para anunciar uma força-tarefa sobre o tema.
Segundo Fazili, "para atingir resiliência na cadeia de suprimento é preciso investir nos EUA". Além disso, ele afirmou que é necessário diversificar as origens das importações e buscar "reduzir a concentração". Entre as áreas para investimentos, está a produção sustentável e o apoio a pequenos negócios.
A iniciativa, que faz parte de outras medidas, é resultado de uma revisão de 100 dias ordenada pelo presidente americano, Joe Biden, em fevereiro, num momento em que a pandemia de covid-19 expôs problemas que continuam a atingir as principais indústrias dos EUA, incluindo a automotiva.
A cadeia do país foi descrita como possuindo "problemas estruturais extremos", e o tema tem apoio bipartidário para avançar, segundo a administração.
Integrante Conselho de Segurança Nacional, Peter Harrell afirmou que o país irá agir contra "ações injustas de competidores nas cadeias de fornecimento", sem nomear diretamente nenhum país. Além disso, reforçou a importância de aliados e parceiros no tema, sugerindo que os EUA farão investimentos externos.
A revisão envolve quatro áreas: semicondutores, utilizados em produtos como carros e celulares; baterias de grande capacidade usadas em veículos elétricos; produtos farmacêuticos; e metais de terras raras, fundamentais para a tecnologia e defesa.
Segundo Harrell, a administração recebeu uma série de anúncios de investimento na produção de semicondutores nos EUA recentemente. Além disso, ele comentou o anúncio da Bosch de investimento na área na Alemanha, o que tende a ajudar a oferta global.