O Eurogrupo avalia que a guerra na Ucrânia aumenta riscos de inflação elevada por mais tempo que o esperado na zona do euro, além de potencialmente levar a problemas nas cadeias de fornecimento e a uma alta nos preços de energia.
Em comunicado sobre as diretrizes da política fiscal para 2023, os ministro das Finanças da região avaliaram que o aspecto fiscal deve permanecer ágil e flexível, levando em conta buscar atender as demandas, especialmente em um ambiente de "incerteza" por conta do conflito com a Rússia, que aumentou "significativamente".
O Eurogrupo avalia que "a transição de uma orientação orçamental agregada de apoio na zona do euro para uma neutra no próximo ano parece ser adequada", embora esteja pronto para reagir à evolução da situação econômica. Segundo o comunicado, é necessária uma diferenciação das estratégias entre os Estados-membros.
Com o objetivo de preservar a sustentabilidade da dívida, nos estados com dívida pública elevada, é apropriado iniciar um ajuste fiscal gradual, se as condições permitirem, aponta o Eurogrupo. O ajuste deve ser integrado numa estratégia de médio prazo credível, que continue a promover o investimento e as reformas necessárias à dupla transição, climática e digital, e a melhorar a composição das finanças públicas, afirma o grupo.
Por outro lado, os membros com níveis de endividamento baixo e médio devem priorizar a expansão do investimento público quando necessário, avalia.
"Portanto, todos os Estados Membros devem aumentar a resiliência de suas economias e promover e proteger investimentos de alta qualidade financiados nacionalmente para estabelecer as bases para um alto crescimento sustentável e alcançar os objetivos de transição, conclui o Eurogrupo.