Os ministros de Finanças da zona do euro concordaram nesta sexta-feira que a Grécia terá de preparar medidas de austeridade adicionais a serem aplicadas caso o país não atinja os objetivos orçamentais no âmbito do seu programa de resgate, um passo que vai ajudar a melhorar a relação com credores.
Desde que essas medidas extras, e outros já acordadas, sejam costuradas nos próximos dias, os ministros poderão discutir como aliviar a enorme carga da dívida da Grécia, disse Jeroen Dijsselbloem, o ministro das Finanças holandês, que presidiu reunião de sexta-feira. O debate foi impulsionado pelo fato de o Fundo Monetário Internacional (FMI), um dos credores, ter questionado se o governo pode cortar gastos o suficiente para pagar sua dívida.
“Chegamos à conclusão de que o pacote de políticas deve incluir um pacote contingente de medidas”, disse Dijsselbloem. As medidas extras terão que gerar poupança extra no valor de 2% do PIB grego, no lugar de medidas equivalentes a 3% do PIB, que fazem parte da primeira avaliação do programa.
Essas medidas de contingência são destinadas a garantir que a Grécia possa alcançar um excedente resultado primário anual, que retira os pagamentos de juros, de 3,5% do PIB até 2018. O FMI tem levantado dúvidas sobre se isso é possível.
Dijsselbloem também disse que os ministros tinham dado um mandato para instituições europeias para preparar algumas ideias sobre a forma de facilitar ainda mais a dívida da Grécia. A diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, salientou que as medidas de contingência serão apenas uma solução convincente se elas já estiverem na lei e puderem ser aplicadas sem a necessidade de uma grande discussão entre gregos e credores. Fonte: Dow Jones Newswires