Estadão

Evacuação da embaixada dos EUA no Sudão é concluída; confronto entra na 2ª semana

O exército dos Estados Unidos completou a evacuação da embaixada americana no Sudão, afirmou o presidente Joe Biden, em comunicado, fazendo um apelo para o fim da violência que chamou de excessiva em uma nação africana em que dois líderes rivais lutam pelo poder. Biden agradeceu às tropas que executaram a missão. O confronto entre o Exército Sudanês e o grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido (FAR)entrou na sua segunda semana.

"Sou grato pela habilidade incomparável de nossos militares em movê-los com sucesso para um local seguro", disse Biden, agradecendo também Djibuti, Etiópia e Arábia Saudita pela ajuda na missão.

O Departamento de Estado dos EUA suspendeu as operações na embaixada devido à terrível situação de segurança. No momento não se sabe quando poderá retomar as funções. Os cerca de 70 funcionários foram transportados de avião de uma zona de aterrissagem na Embaixada para um local não revelado na Etiópia, segundo duas autoridades americanas familiarizadas com a missão.

Os Estados Unidos disseram que atualmente o governo não tem planos para coordenar a evacuação dos estimados 16 mil americanos ainda no Sudão, admitindo que a situação "é muito perigosa". Biden disse que tem recebido relatórios regulares de sua equipe sobre os esforços para ajudar na medida do possível a população que está lá.

Soldados norte-americanos realizaram a operação no momento do combate entre dois comandantes sudaneses. Biden ordenou a evacuação do pessoal da Embaixada depois de receber uma recomendação de sua equipe de segurança nacional, de que não havia previsão para o fim dos combates.

"Esta trágica violência no Sudão já custou centenas de vidas de civis inocentes. É inconcebível e deve parar", declarou o presidente. "As partes no conflito devem implementar um cessar-fogo imediato e incondicional, permitir o acesso humanitário irrestrito e respeitar a vontade do povo do Sudão", apelou Biden.

A batalha, que já custou mais de 400 vidas, colocou o Sudão em risco de colapso e pode ter consequências muito além de suas fronteiras.

<b>Roma</b>

Neste domingo, o Papa Francisco também pediu o fim da violência e a retomada do caminho do diálogo no Sudão. "Infelizmente, a situação no Sudão continua grave, por isso renovo meu apelo para que cessem a violência o quanto antes e retomem o caminho do diálogo. Convido todos a rezarem por nossos irmãos e irmãs sudaneses", ressaltou o pontífice, durante a oração do Regina Coeli, que acontece entre o Domingo de Páscoa e o Pentecostes. (Com agências internacionais).

Posso ajudar?