Acusado de múltiplos crimes financeiros, o ex-diretor da campanha de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos, Paul Manafort, atacou a força das provas contra ele nesta quinta-feira, dizendo que o caso trazido pelas investigações do conselheiro especial Robert Mueller sobre a suposta interferência da Rússia na eleição é “enfeitada”.
Em um julgamento realizado nesta quinta-feira, os advogados de Manafort o defenderam como um “consultor político internacional bem-sucedido” que, por ter trabalhado em nome de partidos políticos estrangeiros, estava necessariamente envolvido em transações financeiras internacionais. Eles apontaram que Manafort, que liderou a campanha de Trump por diversos meses no ano passado, não fez nada de errado e não corre o risco de fugir do país.
A equipe de defesa de Manafort busca minar uma acusação contra ele e contra o antigo colega de negócios Rick Gates. Mueller anunciou a acusação na segunda-feira, dizendo que os dois cometeram lavagem de dinheiro e outros crimes financeiros relacionados ao trabalho de consultoria política para o partido que estava no poder na Ucrânia e que era ligado ao Kremlin. Os dois foram colocados em prisão domiciliar no início da semana e, nesta quinta-feira, compareceram diante de um tribunal federal em Washington, onde um juiz decidiu que permaneceriam em confinamento domiciliar e monitoramento eletrônico pelo menos até o fim de semana.
Os advogados de Manafort e de Gates pediram à juíza distrital Amy Berman Jackson que os liberte enquanto aguardam o julgamento, afirmando. A juíza disse que examinaria o assunto novamente na audiência de segunda-feira.
Além da acusação contra Manafort e Gates, os promotores revelaram uma declaração de culpa do ex-assessor de campanha George Papadopoulos, que admitiu mentir ao Departamento de Investigação Federal (FBI, na sigla em inglês), a polícia federal dos EUA, sobre contatos estrangeiros durante a campanha. Fonte: Associated Press.