A ex-candidata à presidência peruana Keiko Fujimori negou nesta quinta-feira ter recebido dinheiro da companhia brasileira Odebrecht, acusada de fazer contribuições ilegais a partidos políticos e pagar subornos milionários em troca de contratos públicos. Em sua conta no Twitter, a deputada disse que é “incrível e inaceitável a campanha de desprestígio” contra ele e seu partido, Força Popular.
Segundo o jornal O Globo, Marcelo Odebrecht, dono da construtora, afirmou que fez doações a Fujimori durante a campanha presidencial de 2011, na qual ela foi derrotada por Ollanta Humala. A congressista já tinha negado em junho ter recebido dinheiro da Odebrecht e disse que nunca teve uma reunião com Marcelo Odebrecht.
Keiko Fujimori também foi candidata à presidência em 2016, quando foi derrotada para o atual presidente do Peru, Pedro Pablo Kuczynski.
No fim de 2016, a construtora Odebrecht admitiu à Justiça americana ter pago subornos milionários no Peru para ganhar licitações de obras públicas durante os governos de Alejandro Toledo, Alan García e Humala, entre 2001 e 2016.
Toledo está foragido, acusado de receber subornos e ainda não foi extraditado dos EUA, enquanto García é investigado por suposta corrupção e quatro pessoas que integravam o governo dele estão presas.
Humala e sua mulher, por sua vez, aguardam a resposta da Justiça peruana a um pedido de liberdade. Ambos estão em prisão preventiva desde meados de julho, enquanto são investigados por supostos delitos de lavagem de ativos e corrupção ligados ao caso Odebrecht. Fonte: Associated Press.