Ex-ministro de Dilma Rousseff, o senador Garibaldi Alves (PMDB-RN) negou que esteja em curso um golpe parlamentar contra a presidente afastada. Segundo ele, o processo documenta a manipulação das contas públicas, o indevido represamento de providências de macroeconomia e os gastos não autorizados pelo Congresso.
Garibaldi considerou que “decisões isoladas”, como os decretos de crédito suplementar pelos quais Dilma é acusada, podem “parecer coisas pequenas, mas expressam propósitos bem claros e definidos”. “Não estamos julgando apenas atos, estamos julgando hábitos administrativos”, declarou.
Na segunda-feira, 29, o senador justificou que não questionou Dilma porque se sentiu “constrangido” por ter participado do seu governo. O parlamentar foi o 31º a discursar na tribuna do Senado. Ele disse ainda que os senadores estão diante de sua “mais árdua e nobre missão”, que é julgar a presidente afastada. Ele reafirmou que o processo não jurídico e político. “Não somos só juízes, somos políticos, titulares do poder de julgar e da livre manifestação.”