O prefeiturável tucano e presidente do Diretório Municipal do PSDB, Carlos Roberto, instalou em Brasília (DF) uma banca de advogados de renome, liderada por José Eduardo Rangel de Alckmin, para fazer sua defesa no processo de prestação de contas, que tramita no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Eduardo Alckmin é primo do governador de São Paulo Geraldo Alckmin e já foi ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com Carlos Roberto, que se reuniu em Brasília com o advogado ontem, a contratação não leva em consideração apenas a afinidade partidária e sim a larga experiência de Alckmin na defesa de políticos. Em seu currículo figuram clientes como o ex-governador e prefeiturável José Serra e o atual Geraldo Alckmin, o senador Jader Barbalho, além dos ex-governadores Jackson Lago (Maranhão) e Cássio Cunha Lima (Paraíba).
"O doutor Alckmin é muito competente, o que nos traz ainda mais tranquilidade para a condução desse processo. Não tenho dúvidas de que ele dará a atenção necessária para que o caso seja resolvido da melhor forma possível. Seguimos muito animados e motivados nas atividades da pré-campanha", comentou Carlos Roberto.
O Tribunal Regional Eleitoral não aprovou as contas da campanha de deputado federal de 2010, mas cabe recurso no TSE. Foram questionados dois pontos da prestação de contas de Carlos Roberto, sendo um relacionado a uma nota não contabilizada no valor de R$ 782,00 e conflitos na documentação de cerca de dez cabos eleitorais.
Além do recurso de Carlos Roberto, o TSE ainda não se pronunciou se a medida valerá para as eleições deste ano. Ação impetrada por todos os partidos solicita que a aprovação de contas de eleições passadas não vigore neste ano, já que foi aprovada no início de 2012.
O processo do tucano está sob a análise do ministro Gilson Dipp. O ministro foi prefeito e vice-prefeito de Passo Fundo, além de deputado estadual e deputado federal pelo Rio Grande do Sul. No ano de 1998 foi nomeado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para integrar o Supremo Tribunal Federal (STF). Em 2010 tomou posse como ministro substituto no TSE.
