Dos nove ministros titulares do Tribunal de Contas da União (TCU), responsável por analisar as contas do governo federal, seis exerceram mandatos eletivos e um, de origem técnica, foi indicado ao cargo pelo Senado, com apoio de partidos políticos.
Na composição do TCU, conforme a Constituição de 1988, três ministros são indicados pela Câmara, três pelo Senado e três, pela Presidência da República – dois deles são obrigatoriamente escolhidos no corpo técnico do órgão, um entre auditores e um entre membros do Ministério Público. A formatação favorece a prevalência de indicados por parlamentares no plenário do tribunal.
Todos os três ministros indicados pela Câmara são ex-deputados: Aroldo Cedraz, Augusto Nardes e Ana Arraes. Entre os três indicados pelo Senado, Raimundo Carreiro, atual presidente da corte, teve curta carreira política, como vereador em São Raimundo das Mangabeiras (MA) pelo PMDB. Ele fez carreira como servidor da Casa e exerceu o cargo de secretário-geral da Mesa por 16 anos. Em 2007, foi nomeado ao cargo de ministro da corte com o apoio do ex-presidente José Sarney (PMDB-AP).
Vital do Rêgo Filho é o único ministro que foi senador, pelo PMDB da Paraíba. Contou com o apoio de Renan Calheiros.
Presidência. Indicado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na vaga de livre escolha do Planalto, José Múcio Monteiro foi cinco vezes deputado federal, passando por PFL, PSDB e PTB. Ele também foi ministro das Relações Institucionais de Lula e tem bom trânsito com o PSB e lideranças políticas de Pernambuco, seu Estado natal.
Na cota de ministros que devem ser escolhidos na carreira técnica, estão Benjamin Zymler, egresso da área de auditoria, e o ex-procurador de Contas Walton Alencar. Ambos foram nomeados pela Presidência da República. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.