A Federação Internacional de Automobilismo (FIA, na sigla em francês) realizou nesta sexta-feira a eleição que definiu a nova gestão do principal órgão regulador do esporte a motor no mundo. Mohammed ben Sulayem, natural dos Emirados Árabes Unidos, foi eleito o novo presidente, assumindo o cargo no lugar do francês Jean Todt após 12 anos.
Todt completou o seu terceiro e último termo como presidente da FIA neste ano, o máximo permitido pelo estatuto da entidade, e agora passará o comando do automobilismo a Sulayem, de 60 anos, após a eleição na Assembleia Geral, na qual derrotou Graham Stoker, que era o candidato da situação, sendo vice-presidente esportivo da gestão Todt, vencendo com 61,6% dos votos.
Um post no Twitter da equipe do ex-piloto de rali afirmou que todos estão entusiasmados para construir uma FIA mais forte. "Estamos entusiasmados porque 62% de todos os clubes nos deram o seu voto. Estamos verdadeiramente honrados. O apoio de vocês nos ajudará a construir uma federação mais forte", disse a publicação.
O emiradense teve uma longa carreira como piloto de rali, vencendo por 14 vezes o Campeonato de Rally do Oriente Médio, sancionado pela FIA, antes de trocar os carros pelos cargos administrativos. Ele foi o primeiro árabe eleito ao Conselho Mundial do Esporte a Motor da FIA, servindo anteriormente como vice-presidente esportivo na Federação.
Em 2009, Sulayem também supervisionou a adição do GP de Abu Dabi, nos Emirados Árabes Unidos, ao calendário da Fórmula 1, além de sua primeira edição.
Sua eleição marca um momento inédito na história da FIA, sendo o primeiro não-europeu a ocupar o cargo máximo e tendo o apoio de confederações nacionais importantes em sua campanha, como a do Reino Unido.
Sulayem sentia que havia uma necessidade de expandir o esporte, tornando-o mais acessível ao redor do mundo, incentivando campeonatos regionais que ajudem a trazer jovens talentos para as corridas. "Eu pretendo criar caminhos melhores e mais acessíveis para jovens pilotos", disse, em julho, ao site Motosport.com. "Essa é a mudança. Você não pode apenas repetir o que o presidente anterior fez, porque não vai funcionar. Os desafios são diferentes".