Política

Ex-prefeito critica Lucas Sanches por gastar R$ 150 milhões com assessores políticos

Eloi Pietá faz duras críticas a Lucas Sanches por aprovar lei que garante 1.148 funcionários comissionados que não passam de assessores políticos nomeados pela "turma dele" ao custo de R$ 150 milhões por ano

Em vídeo postado nas redes sociais nesta semana, o ex-prefeito Elói Pietá (Solidariedade) critica o atual Lucas Sanches (PL), que conseguiu aprovar um projeto de lei na Câmara Municipal que garante a indicação de 1.148 funcionários comissionados na administração municipal. Ele diz que a Prefeitura irá gastar R$ 150 milhões por ano apenas com a folha de pagamento destes “assessores políticos”.

Pietá, que administrou Guarulhos entre 2001 e 2008 pelo PT, diz que esses cargos são políticos, ocupados por “apadrinhados”. “Esses assessores políticos ocupam cargos na Prefeitura, nomeados pela turma dele, muitas vezes com salários acima dos R$ 13 mil, e que ficam apenas ajudando seus padrinhos políticos”, afirma.

E provoca as pessoas que passaram em concursos públicos da Prefeitura e ainda não foram chamados para trabalhar. “Enquanto isso tem muita gente que prestou concurso público, que passou para trabalhar na área da saúde, do trânsito, da educação, e não é chamada pelo prefeito”, disse Pietá, que arrematou: “Ô Lucas! para de desperdiçar dinheiro público”.

Elói Pietá se referiu à aprovação de nova reformulação da administração municipal. Nesta semana, a Câmara fez algumas adaptações no quadro funcional, conforme publicações das novas leis no Diário Oficial desta terça-feira, dia 2. No último dia de junho, numa sessão que durou 13 horas, Lucas Sanches aprovou diversos projetos de sua autoria, que foi chamado de “pacote das maldades”. Além de aumentos de impostos (ISS e Taxa de Iluminação), naquele dia foi aprovada a reformulação administrativa.

O PL 257/2025 determinou a reformulação da estrutura organizacional e o quadro de servidores públicos da administração direta do Município. Entre outras mudanças, Lucas criou mais 20 cargos, principalmente de diretores de departamento que passaram de 83 para 96. Há ainda dois novos secretários adjuntos e mais quatro subsecretários, além de um representante em Brasília.

Só com a criação de 20 novos cargos de comissionamento de livre provimento, de primeiro escalão, o chefe do Executivo aumenta a folha de pagamento em R$ 3.747.504,28 somente em salários, fora outros benefícios como férias, vale alimentação, entre outros, por ano.

Somente com estes 20 cargos, que têm salários mensais de R$ 14.318,06 (diretores de departamento) e R$ 14.622,72, a Prefeitura irá gastar a mais por mês quase R$ 300 mil com salários, além de outros benefícios e custos trabalhistas. Ao final de um ano, incluindo 13º salário, serão R$ 3,7 milhões a mais nos custos de folha de pagamento.