Estadão

Ex-prefeito Elvis Cezar buscou Estado como eleição de Santana de Parnaíba

No fim de novembro de 2021, Elvis Cezar, de 46 anos, lançava seu autointitulado best-seller sobre gestão pública, em um centro de eventos em Santana de Parnaíba, na região metropolitana de São Paulo. O livro conta sua experiência à frente da cidade, cuja gestão herdou do pai, Marmo Cezar, que teve a candidatura cassada em 2013 com base na Lei da Ficha Limpa. Elvis seguiu na prefeitura por dois mandatos consecutivos e elegeu seu sucessor.

Ao acumular prêmios à frente da gestão municipal, a empolgação tomou conta do então tucano. Filiado ao PSDB por mais de uma década, discordâncias com as mudanças trazidas pela chegada do ex-governador João Doria fizeram com que buscasse uma nova sigla. Coube ao PDT de Ciro Gomes abrir as portas para o prefeito de "trajetória ascendente", como costuma dizer.

O destaque que deu para a gestão em Santana de Parnaíba marcou sua campanha ao governo do Estado. Em inserções no horário eleitoral e em falas em sabatinas e debates, o candidato não deixou de exaltar os feitos na cidade que, segundo ele, se tornou um "laboratório de segurança pública" e "a maior evolução da educação do Estado de São Paulo". Ao discutir possíveis medidas para habitação no Estado, chegou a citar que a cidade que comandou "não tem moradores de rua".

<b>Com Ciro</b>

Para além de seu berço político, Elvis Cezar seguiu os passos de seu novo padrinho. Repetindo incessantemente sua proposta de baixar o preço dos pedágios no Estado, parecia emular a fixação de Ciro na ideia de "limpar" o nome dos brasileiros das listas do Serasa e SPC. Não por acaso algumas das propostas de Cezar chegam a lembrar às do PDT no plano nacional.

Até o isolamento político, marca da campanha de Ciro, se viu na candidatura em São Paulo. Contando até as últimas semanas com o apoio de Felicio Ramuth (PSD) para ser vice na chapa, a campanha ficou isolada depois que o ex-prefeito de São José dos Campos optou por se juntar a Tarcísio de Freitas (Republicanos). Oscilando entre 1% e 2% das intenções de voto no Estado, a campanha do pedetista não empolgou.
As informações são do jornal <b>O Estado de S. Paulo.</b>

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