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Ex-senador acompanhava desocupação na zona oeste

O ex-senador Eduardo Suplicy (PT), candidato a vereador em São Paulo, foi detido na manhã desta segunda-feira, 25, durante reintegração de posse na zona oeste da capital, por desobediência e obstrução à Justiça, segundo o capitão Eliel Pontirolli, da Polícia Militar. Suplicy se deitou no chão para impedir uma reintegração de posse que ocorre desde às 5 horas em um terreno ocupado por cerca de 350 famílias há pelo menos três anos na Cidade Educandário, na região da Rodovia Raposo Tavares.

O ex-senador foi retirado à força pelos policiais militares, carregado, colocado em uma viatura e levado para o 75º Distrito Policial (Jardim Arpoador). Outras duas pessoas foram presas.

Mais cedo, houve confronto e troca de tiros entre moradores que protestavam contra a ação e policiais militares. Segundo os moradores, o confronto começou porque uma criança que morava no bairro foi atingida por uma bomba de gás lacrimogêneo, o que causou revolta. Alguns moradores revidaram, queimaram pedaços de madeira e atiraram contra os agentes. Um PM que estava de colete foi atingido.

Um ônibus foi incendiado por volta das 6 horas pelos manifestantes. O coletivo havia sido colocado pelos moradores para impedir a reintegração de posse. Com a chegada da Tropa de Choque da Polícia Militar, eles atearam fogo no coletivo da linha 748R-10 Jardim João XXIII/Metrô Barra Funda. Segundo a São Paulo Transporte (SPTrans), o ônibus já foi retirado do local.

A autarquia informou que cinco linhas municipais tiveram o itinerário alterado por causa dos protestos. Todos os ônibus que circulam pela região fazem um retorno pelo quilômetro 17 da Raposo Tavares. Moradores do entorno da comunidade precisam andar até quatro quilômetros para chegar à rodovia e pegar um coletivo.

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