Cidades

Excesso de rigor

Coluna do jornalista Sérgio Lessa sobre os bastidores da política de Guarulhos

O vereador Rômulo Ornelas (PT) criticou ontem a Vigilância Sanitária, por suposta perseguição às clínicas de reabilitação de dependentes químicos. De acordo com o parlamentar, o órgão estaria fazendo exigências absurdas para autorizar o funcionamento desses estabelecimentos: “É o que a cidade tem hoje. As clínicas funcionam de maneira precária, mas funcionam. A Prefeitura não apresenta outra alternativa para os dependentes”, declarou.

Denúncia

O vereador Romildo Santos (PSDB) criticou ontem durante a sessão da Câmara, o secretário de Educação Moacir de Souza, pois descobriu que o prédio da pasta, localizado na região do Macedo, que tem 1.700 metros quadrados de área construída, custou R$ 32 milhões aos cofres públicos, ou seja, a obra saiu por R$ 18.900,00 o metro quadrado, quase o valor de um carro popular por metro.

Comparação

Romildo lembrou que o metro quadrado num bairro chique de São Paulo, como na Rua Oscar Freire, por exemplo, custa em torno de R$ 13.363,00, segundo estudos realizados. O vereador Paulo Sergio (PR) achou estranho os números apresentados e se mostrou preocupado com a denúncia: “Será que este valor não seria por pavimento?”, questionou o parlamentar, já que o prédio tem cinco andares. “Se não for isso temos de investigar”, afirmou.

Desabafo

Após a conquista da liminar junto ao TSE, que manteve Eduardo Soltur (PSD) no cargo, o vereador Professor Samuel Vasconcelos (PT) tomou as dores e criticou veementemente o Ministério Público por ter tentado tirar o presidente do cargo. Para ele, cada Poder tem de ficar no seu espaço: “Aqui mexeu com um, mexeu com todos. Parece que só esta Casa tem erros. O Judiciário também erra bastante. O Legislativo tem hoje muito a comemorar”, declarou.

Inconformado

Na mesma linha, Marcelo Seminaldo (PT) definiu a ação do promotor como um ataque ao Legislativo: “O maior absurdo foi ver Zenon Lotufo dizer à Imprensa que já sabia da vitória de Soltur no TSE. Se ele já sabia, por que gastou tempo e dinheiro público com esse pedido de cassação? Para mim, ele só quis aparecer. Está na hora de abrirmos a caixa preta do Judiciário. Creio que o promotor nos deve desculpas públicas, pois não está acima da lei”, afirmou.

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