Cidades

Excesso no consumo de pornografia pode acelerar processo de ejaculação precoce

Envio de nudes pelo celular, vídeos íntimos e filmes pornográficos à vontade. Há alguns anos atrás, sem a facilidade tecnológica da internet, o consumo de pornografia era algo bem mais difícil. Com a popularização dos dispositivos móveis individuais, essa variedade de conteúdos adultos aumentou consideravelmente.

Hoje, portanto, é muito mais fácil consumir pornografia. Mas, o que muitos homens não sabem é que esse consumo excessivo, junto à prática de masturbação repetitiva, pode levar à perda da sensibilidade peniana e ao processo acelerado de ejaculação precoce.

O último estudo sobre o consumo de pornografia no Brasil foi publicado em 2018 pelo Quantas Pesquisas e Estudos de Mercado, a pedido do canal de TV a cabo Sexy Hot. Na ocasião, foi constado que 22 milhões de pessoas assumiam consumir pornografia no país. Destes, 76% eram homens, 58% com menos de 35 anos e 69% eram casados ou estavam namorando. Os dados ainda não foram revisados depois do isolamento social provocado pela pandemia, que pode ter amplificado a prática.

Entretanto, nos consultórios médicos o cenário atual é preocupante. “Os jovens com acesso a pornografia acabam se masturbando de cinco a seis vezes por dia. Durante a masturbação, a ejaculação acontece mais rápido do que aconteceria em uma relação sexual. Conforme esse hábito avança, acontece a perda da sensibilidade peniana”, explica o administrador da Hominem Clinic Guarulhos, Ageu Pedro Júnior.

“Sem a sensibilidade peniana, quando o pênis entra em contato com a vagina – que é totalmente diferente do contato do pênis com a mão ou brinquedos eróticos – o atrito é diferente e acontece a ejaculação precoce”, detalha Ageu.

Isso acontece porque o homem acostumou seu corpo a uma determinada forma de atrito e em um período curto de tempo, algo em torno de 5 a 10 minutos. Em média, a ereção durante a relação sexual é de 20 a 30 minutos.

A ejaculação precoce, além de deixar a parceira insatisfeita, pode levar à perda de confiança do homem e, consequentemente, a dificuldades de ereção. “Por isso, quando acontece um problema fisiológico que leva o paciente ao consultório, é importante tratar das questões psicológicas e emocionais”, completa.

Posso ajudar?