Os agentes de zoonoses da Prefeitura de São Paulo iniciaram nesta quinta-feira, 23, o trabalho de combate à dengue em conjunto com 50 soldados do Exército. Cada militar passou a acompanhar um agente municipal nas visitas às casas na busca por possíveis focos do mosquito Aedes aegypti.
De acordo com o secretário adjunto municipal da Saúde, Paulo Puccini, a inclusão de militares nas visitas é necessária diante do alto número de recusas de moradores em abrir suas casas. “De cada dez residências que a Prefeitura visita, duas têm moradores que não permitem a entrada. Com a presença dos militares, achamos que os cidadãos vão se sentir mais seguros em abrir a porta”, disse.
Cada uma das 50 duplas formadas por um agente de zoonoses e um soldado visita, em média, 25 casas por dia. “Vamos atuar por 30 dias, mas o acordo pode ser prorrogado, se necessário. No interior de São Paulo, já são 580 soldados atuando nesse trabalho e o resultado é muito positivo”, disse o coronel Ricardo Carmona.
No primeiro dia de trabalho, os soldados visitaram casas na região do Limão, um dos distritos mais afetados pela dengue no ano. Em toda a cidade, já são mais de 8 mil casos confirmados. “Eu já fui assaltada e não gosto de deixar gente estranha entrar em casa, tenho medo de ser ladrão disfarçado. Com o Exército, dá mais segurança”, afirma a aposentada Shirlei Ferreira, de 74 anos, que teve a casa visitada pela manhã.