O varejo restrito acumula crescimento de 4,9% em 2024, sem queda registrada nos primeiros quatro meses do ano, indicam dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O movimento intenso foi corroborado pela expansão do crédito registrada no período, segundo o gerente da Pesquisa Mensal de Comércio IBGE, Cristiano Santos.
Ele ponderou que, embora os dados indiquem que o crédito para pessoa física começou a diminuir em abril, o efeito ainda não foi captado pela PMC do mês.
O crescimento das pessoas ocupadas e da massa de rendimentos também contribuiu para a alta acumulada pelo volume de vendas do varejo no período, afirmou.
A última vez que o varejo restrito não registrou quedas por quatro meses consecutivos foi entre junho e setembro de 2023. O avanço no período, porém, foi menos intenso do que o registrado no início deste ano.
Na série já revisada do IBGE da variação na margem com ajuste sazonal, o varejo cresceu 0,1% em junho de 2023 e 0,8% em julho, ficou estável (0,0%) em agosto e voltou a crescer 0,6% em setembro. Agora, o setor cresceu 2,1% em janeiro de 2024, 1,0% em fevereiro, 0,3% em março e 0,9% em abril.
<b>Contribuição dos setores</b>
Apesar do crescimento de 1,5% do volume de vendas hiper e supermercados em abril na comparação com março, o protagonismo da atividade para o avanço do varejo não foi tão intenso nos primeiros meses do ano, principalmente em fevereiro e março, quando caiu 0,1% e 0,2%, respectivamente, pontuou Santos.
"Houve um crescimento um pouco mais espalhado de outras atividades que acabaram se intercalando e contribuindo para essa expansão", disse.