O secretário Especial da Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues Junior, afirmou que a expectativa do governo é positiva quanto à agenda de propostas que tramitam no Legislativo, em especial sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do pacto federativo. "Temos três PECs em andamento: a dos fundos, que está sendo debatida nesse momento; a emergencial, e a do pacto federativo. Há, sim, espaço para aprovação ainda no primeiro semestre dessas PECs. No segundo semestre, tem a questão das eleições municipais o que pode influenciar o ritmo de votações", disse Waldery em entrevista à <i>GloboNews</i> na manhã desta quarta-feira, 4.
Ele também afirmou que o Congresso "abraçou as três" propostas de emenda constitucional e tem maturidade para aprovar outros projetos do governo.
"Atingir consenso sobre as propostas é uma situação ganha-ganha para todos os Poderes e para a sociedade e permite seguir com as reformas. O governo tem feito a sua parte de deixar clara a mudança estrutural em processo na economia brasileira", disse o secretário. "Nossa preocupação é que, no diálogo com o Congresso Nacional, nós sigamos com a aprovação de reformas: pacto federativo, reforma administrativa, reforma tributária, um fast-track na privatização", disse Waldery.
Na entrevista, o secretário ressaltou que é essencial que o crédito privado ganhe mais protagonismo e o governo prepara medidas com este objetivo.
Ele ressaltou, como exemplo, que o empréstimo consignado é muito utilizado por funcionários públicos, mas ainda tem volume baixo entre trabalhadores do setor privado e, para estimular isso, uma das medidas em estudo é pode usar o FGTS para fazer este tipo de operação.
"Existem medidas prontas e toda uma agenda do Banco Central para melhorar a política de crédito", afirmou o secretário.
Waldery observou ainda que existem 17 medidas ligadas ao mercado de capitais, que vão fomentar o financiamento privado de operações das empresas e de investimentos.