Cidades

ExpoCriatividade gera 22 projetos de alunos da rede municipal

Imagens: Alan Neves/PMG

Com o objetivo de incentivar o espírito inventivo, a Prefeitura de Guarulhos realizou na semana passada a ExpoCriatividade, que reuniu professores e alunos da educação infantil, ensino fundamental (anos iniciais)e da EJA – Educação de Jovens e Adultos (EJA), além dos CEUs da cidade, para aproveitarem das diversas atividades que levavam conhecimento de forma lúdica e interativa.

O evento integrou o quadro de atividades da Semana do Conhecimento 2022, que aconteceu entre o dias 17 e 21 de outubro, e o público também participou elaborando 22 projetos e práticas pedagógicas.

Em um circuito de atividades, os participantes puderam visitar um planetário, que apresentava a história dos planetas com explicações sobre o funcionamento do sistema solar e também contava com a presença de um astronauta, que encantou as crianças, além de assistir peças teatrais, participar de oficinas e assistir espetáculos culturais de dança e música.

“Esse espaço oportunizou aos alunos da rede pública de Guarulhos a colocar a mão na massa e construir diferentes coisas, conhecer e ampliar as possibilidades, interagindo com oficineiros e interessados numa aprendizagem criativa”, afirmou Elisabete Rodas, coordenadora pedagógica da EPG João Guimarães Rosa, que levou para a feira projetos que abordavam a conscientização e valorização cultural de forma lúdica e os sentimentos das crianças.

Projetos dos educandos

Seguindo o tema “Bicentenário da Independência: 200 anos de Ciência, Tecnologia e Inovação no Brasil, a proposta de assuntos para os projetos dialogaram com as trilhas do saber, sendo eles: Ciência e tecnologias, que falava sobre refletir sobre o uso e a temporalidade do conhecimento científico e tecnológico e debater sobre o desenvolvimento do conhecimento como um processo sócio-histórico; direitos humanos, que busca reconhecer e visibilizar as diversas etnias e raças, ou os vários “brasis” que constituem as nossas identidades enquanto nação e, por fim, territórios, que buscou fazer com que os alunos compreendessem as transformações territoriais como produtos da ação humana e ler a história de forma crítica e identificando-se como um agente social. A programação das apresentações aconteceu de forma híbrida, com apresentações virtuais e presenciais.

Docente nos CEUs Ottawa-Uirapuru e Paraíso/Alvorada, Welton Ricardo de Assis Araújo apresentou junto com os alunos o projeto de introdução à robótica. Ele diz que todas as ações foram ligadas à proposta curricular de Guarulhos, como, por exemplo, aquelas conectadas ao meio literário. “A música esteve presente também quando fizeram instrumentos funcionais como um falso teremim, um aparelho controlado por joystick de vídeo game, outro instrumento que se toca usando sombras ou ainda um que transforma cores em notas musicais”, contou. Sob seu comando, participaram do projeto cerca de 150 crianças entre seis e 12 anos, entre alunos e comunidade.

“Algo que foi bem marcante foi a gerência das expectativas e aplicabilidade dos projetos. Em muitos momentos as idéias eram limitadas por questões relacionadas à natureza, como uma impossibilidade física, e outros momentos tínhamos que adaptar ao espaço e recursos disponíveis. Porém, em momento nenhum as limitações foram desmotivadoras e sim foram vistas como motores de uma aprendizagem mais integrada à realidade”, disse.

Welton conta que o trabalho em equipe foi outro ponto que se destacou entre seus alunos que, por terem um objetivo em comum, precisaram exercitar o diálogo e a argumentação para defender suas idéias. “A criatividade e resolução de problemas são outros fatores que são exercitados continuamente e que irão permear a vida dos jovens, ainda que tomem caminhos mais distantes das tecnologias digitais”, completou.

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