Centenas de manifestantes de extrema-direita gritaram insultos à chanceler da Alemanha, Angela Merkel, quando autoridades se reuniram na cidade de Dresden, no leste do país, para festejar o 26º aniversário da reunificação do país. “Merkel deve ir” e “traidora” foram alguns dos gritos ouvidos. Apesar da atmosfera tensa, a chanceler pediu que os alemães aproveitassem o dia da unificação, um feriado nacional, e se sentissem agradecidos pelos avanços dos últimos 26 anos.
“Para mim pessoalmente, mas também para muita gente na Alemanha, este segue sendo um dia de júbilo”, disse Merkel, que cresceu na Alemanha Oriental, comunista. Ela reconheceu que há “novas tarefas, novos problemas” no país, aos quais os alemães devem responder “com respeito mútuo e aceitação de posições políticas muito diferentes”.
A sociedade alemã está polarizada pela entrada de 890 mil pessoas com pedidos de asilo no ano passado. Embora neste ano tenham chegado menos – cerca de 210 mil até agora -, os partidos de extrema-direita buscam colocar um limite no fluxo.
Merkel se nega a limitar o número dos que podem pedir asilo na Alemanha. Diante da pressão, a chanceler disse que os imigrantes que não receberem asilo serão devolvidos aos países de origem rapidamente. Fonte: Associated Press.