Duas semanas após incluir o GP da Turquia no calendário, para substituir o GP do Canadá, a organização da Fórmula 1 removeu a corrida turca da temporada 2021 e colocou no lugar uma nova prova na Áustria. Tanto a alteração realizada no fim do mês passado quanto a anunciada nesta sexta-feira têm como causa a pandemia de covid-19.
O GP da Turquia estava marcado para o dia 13 de junho. No entanto, o aumento de casos do novo coronavírus no país obrigou o governo local a impor restrições mais duras, principalmente para viajantes, o que exigiria quarentena para pilotos, equipes e dirigentes antes da realização da corrida, o que afetaria a sequência do campeonato.
A direção da F-1, então, decidiu colocar mais uma prova na Áustria, chamada de GP de Estíria, como aconteceu no ano passado. Em 2020, o país também recebeu duas provas. O problema para a organização é que os finais de semana agendados inicialmente para os GPs da Turquia e da Áustria não eram em sequência. Tinham o GP da França entre eles.
Por isso, o calendário também precisou passar por um ajuste. A corrida francesa foi antecipada para o dia 20 de junho – deixando o fim de semana do dia 13 sem provas. O GP da Estíria foi agendado para 27 de junho, uma semana antes do GP da Áustria (4 de julho). Assim, o calendário terá mais uma rodada tripla. Ou seja, uma sequência de três finais de semana seguidos com corridas.
Com estas alterações, o calendário de 2021 continua com o recorde de 23 provas, como previsto inicialmente.
NOVO SISTEMA DE TREINOS – Também nesta sexta-feira, a F-1 anunciou que o GP da Inglaterra, no fim de semana dos dias 16 a 18 de julho, vai estrear o novo sistema de treinos, ainda com status de teste para o futuro da categoria. O chamado Sprint Qualifying foi anunciado no dia 26 de abril, com três etapas que seriam palco do teste. Agora, faltam definir os outros dois GPs que receberão o novo formato de treinos.
A proposta é ter na sexta-feira apenas um treino livre de uma hora – antes eram duas sessões livres neste dia. Após a primeira atividade, haverá um treino classificatório no molde atual para definir as posições de largada para a corrida de sábado. A previsão é realizar a prova classificatória com cerca de um terço da duração da corrida de domingo. Em vez de percorrerem 300 km, os carros vão rodar por apenas 100 km durante cerca de 30 minutos.
Para incentivar a disputa, a F-1 vai distribuir pontos extras para quem tiver os melhores resultados: três para o primeiro colocado, dois para o segundo e um para o terceiro. Não haverá cerimônia de pódio, mas está garantida a entrega de um troféu ao ganhador da bateria extra. A categoria entende que essa mudança não tira o protagonismo da corrida de domingo e ainda pode agregar mais emoção e disputa ao fim de semana.