O executivo-chefe do Facebook, Mark Zuckerberg, defendeu ontem a plataforma social contra acusações de que ela teria prejudicado o debate político nos Estados Unidos ao permitir o florescimento de notícias falsas.
“Pessoalmente, acredito que a ideia de que notícias falsas divulgadas através do Facebook – parte bem pequena do conteúdo – possam ter influenciado a eleição de alguma maneira é bastante maluca”, afirmou durante uma conferência na Califórnia.
Ele também afirmou que a companhia expôs seus 1,8 bilhões de usuários a uma variedade de notícias, contrariamente à críticas de que teria criado “bolhas” frequentadas apenas por pessoas com interesses comuns. O conteúdo está lá, afirmou, só que as pessoas não o acessam.
A vitória surpreendente de Donald Trump nas eleições deste ano colocaram em foco a participação do Facebook e outras redes sociais, como o Twitter, no debate político. Ambas as plataformas sociais intermediaram o contato de eleitores com as notícias da campanha, marcada por uma retórica tóxica e muitas vezes divisiva. Críticos – a maioria do campo da esquerda – afirma que a companhia precisa fazer mais para assegurar que notícias falsas não se espalhem rapidamente, potencialmente desinformando os cidadãos.
Para Zuckerberg, o argumento reflete uma falta de empatia pelos eleitores que favoreceram Trump. “Por que acreditar que notícias falsas acontecem apenas de um lado?” questionou, acrescentando que pesquisas feitas pela própria companhia mostraram que o algorítimo não cria “bolhas” de filtro de conteúdo. Fonte: Dow Jones Newswires.