Apesar de jovem, Kaio Henrique Silva Alves pode se orgulhar de um feito que poucos conquistaram como atletas de futsal. Aos 20 anos, o morador do Cocaia acumula uma passagem vitoriosa na base do Palmeiras e, atualmente, joga no Magnus, de Sorocaba, último time da carreira do craque Falcão.
Na última década, o maior jogador da história do futsal participou da formação de um projeto que viria a ser tricampeão do mundo. Apesar de aposentado, Falcão ainda mantém relações com o clube. “Ele é o maior de todos”, diz Kaio sobre as duas oportunidades que teve de encontrar o ídolo, sem deixar de tietar.
Kaio começou jogando no colégio e, ainda criança, iniciou sua trajetória nas competições oficiais pelo Vila Galvão. Atuando pelo clube, foi artilheiro do Campeonato Estadual sub-11, em 2012. Porém, ao deixar a agremiação, o pivô tentou seguir carreira no futebol de campo. “Eu acabei largando o futsal para tentar a carreira no campo, porque sempre foi meu sonho: representar uma camisa e aparecer na TV”, afirma o atleta.
No retorno ao futsal, veio a oportunidade no Palmeiras, clube pelo qual Kaio foi campeão Metropolitano e Estadual na categoria sub-16. O bom nível lhe rendeu a chance de vestir a camisa do Alianza, dos Estados Unidos. No exterior, ele foi simplesmente campeão mundial sub-18, garantindo a artilharia do torneio. De volta ao Brasil, o guarulhense acertou com a equipe de maior estrutura no futsal brasileiro no momento. Pelo Magnus, mais um título estadual, além da tão sonhada Liga Nacional.
Em ascensão na carreira, Kaio indica o caminho para outros jovens que almejam seguir o mesmo caminho. “Não dá para conseguir no futsal uma carreira exorbitante igual no campo. Mas, dentro das proporções, dá para viver tranquilo no esporte. Basta ter cabeça, porque a carreira é curta”, aconselha.