Esportes

Falta de conta bancária impede empresas de investirem em equipes

Equipe conta com o Fundo Municipal de Esporte, que pode fazer a cidade voltar a figurar entre as principais no cenário esportivo brasileiro

Desde janeiro deste ano, Guarulhos conta com o Fundo Municipal de Esporte, ferramenta que pode fazer a cidade voltar a figurar entre as principais no cenário esportivo brasileiro. O fundo irá captar recursos, principalmente, federais (por meio de dotações orçamentárias da União, de programas do Ministério do Esporte e outras), estaduais (por meio de dotações orçamentárias do Estado e de convênios celebrados com a Secretaria de Esporte, Lazer e Turismo do Estado de São Paulo) municipais (orçamento geral do município e de saldos de exercícios anteriores) e da iniciativa privada (patrocínios, convênios, promoções, doações e outras).

Mas para que isso tudo aconteça é necessário que a Prefeitura, através da Secretaria de Esporte, abra uma conta bancária ara que empresas e admiradores possam depositar valores referente a possíveis patrocínios futuros.

Pelo projeto, que nasceu da lei municipal de incentivo ao esporte (2010), todos os recursos captados serão destinados exclusivamente a projetos específicos da Secretaria de Esporte, Recreação e Lazer e atividades de esporte, recreação e lazer que poderá apoiar apoiar com incentivos financeiros, materiais e patrocínio, as comissões técnicas, os profissionais de educação física (professores e técnicos) e os estagiários de educação física para atuarem nos projetos do Município, aprovados pelo Conselho Diretor do Fundo Municipal de Esporte, Recreação e Lazer, bem como, os desportistas de rendimento de modo não profissional.

Secretaria informa que depende de decreto

Questionada, a Secretaria de Esporte informou que a Lei Municipal de Incentivo ao Esporte foi aprovada em 2010, porém ainda não está em “funcionamento”, pois ainda não foi regulamentada através decreto. Ainda conforme a Pasta, o Fundo Municipal do Esporte é tão somente um mecanismo para operacionalização do orçamento próprio da Secretaria de Esporte, Recreação e Lazer e que, está sendo analisada, a abertura de uma conta-corrente, através da qual empresas e pessoas simpatizantes do esporte guarulhense poderão contribuir diretamente com as equipes da cidade.

A reportagem tentou contato com o prefeito Sebastião Almeida,mas até o fechamento desta edição não havia conseguido falar com o chefe do executivo.

Na raça e com dinheiro do bolso

Se o Fundo Municipal do Esporte já tivesse uma conta bancária onde empresas pudessem patrocinar o esporte da cidade, talvez as ginastas de Guarulhos não tivessem precisado por dinheiro do próprio bolso, ou melhor, dos bolsos dos pais para representar a cidade e o País.

No mês passado, as atletas da ginástica acrobática formaram grande parte da seleção brasileira no 23º Mundial de Ginástica Acrobática, na Flórida (EUA). Como a modalidade não é olímpica, a Caixa Econômica Federal não pode patrocinar as atletas uma vez que a verba é destinada apenas às modalidades que fazem parte do quadro olímpico.

“Algumas empresas quiseram nos patrocinar, mas não tiveram como fazer isso, pois parece que ainda não está, ou estava, bem definido como isso poedria ser feito”, disse a coordenadora da equipe guarulhense, Ana Cecília Zarantonelli que comandou a seleção brasileira juntamente com o auxiliar técnico Nelson Pereira dos Santos.

Mesmo sem apoio, as ginas tas da equipe Estrela/Esporte Guarulhos, Mariana Fortunato de Carvalho, Alessandra Antonio dos Santos, Bárbara de Oliveira Morais, Fernanda da Anunciação Souza, Juliana Zarantonelli do Prado e Carina Feliz de Aflito, ficaram entre as 20 melhores do mundo na modalidade no primeiro mundial disputado pela equipe. No total, 56 países estiveram presentes na competição nos Estados Unidos. (R.P.)

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