Inaugurada há pouco mais de um mês, a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) São João ainda não está com quadro de funcionários completo, o que compromete a qualidade do serviço médico aos pacientes. Além disso, problemas na estrutura física agravam as condições irregulares da unidade, pois quando chove a água inunda a recepção e a sala de urgências da UPA.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, as contratações para que a unidade atinja um total aproximado de 320 funcionários já começaram. Cerca de 40 profissionais, que estão em fase de treinamento, deverão começar a trabalhar na unidade este mês. Atualmente o local conta com 195 funcionários.
Com problema na coluna, a dona de casa Lúcia Souza Lisboa, 55 anos, aguardou na semana passada por um atendimento médico das 18h à 01h da madrugada e teve que voltar para casa sem ser atendida. "Não consegui passar com nenhum médico e deixei a unidade sentindo muita dor nas costas. Só quem estiver morrendo recebe atendimento nesse lugar". Segundo a Pasta, a assistência está sendo realizada normalmente, porém com a contratação de novos funcionários a tendência é que o tempo de espera diminua.
"Caso o quadro de funcionários não seja preenchido o mais rápido possível, solicitarei uma renovação do contrato responsável pela contratação do serviço terceirizado. Uma unidade de pronto socorro extremamente importante para a cidade não pode ficar com uma equipe incompleta", observa o vereador Eduardo Carneiro (PSDB).
A Pasta informa que foi feito novo sistema de captação das águas da Estrada Guarulhos-Nazaré e estão sendo mantidos desobstruídos todos os encanamentos de drenagem para evitar outros incidentes. No entanto, o vereador acredita que o problema de enchente da UPA São João vai além das intervenções que estão sendo realizadas. "É inadmissível uma obra recém-inaugurada sofrer problemas de inundações na sala de recepção e na sala de urgência. Tal fato só aconteceu porque a unidade foi projetada de forma errada."