Cidades

Falta de pagamento a laboratórios estaria atrasando exames nas UBS; secretaria nega

População que recorre às unidades básicas está conseguindo agendar exames apenas para feverereiro

A falta de pagamento da Prefeitura de Guarulhos a laboratórios de análises clínicas credenciados seria o motivo que pacientes que precisam realizar exames simples, como o Hemograma, tenham que esperar até fevereiro do ano que vem. É o caso da dona de casa Ana Maria Jatobá, de 59 anos, que no último dia 2 passou por uma consulta ginecológica na UBS da Vila Rio de Janeiro e só poderá fazer os exames prescritos pela médica no dia 13 de fevereiro de 2012. "Vou ter de esperar mais de dois meses para conseguir fazer um exame simples. É um absurdo", disse Ana Maria.

A reportagem levantou com alguns funcionários de Unidades Básicas de Saúde que o motivo da demora na marcação dos exames seria o não pagamento dos laboratórios credenciados com o município. "O que sabemos é que os laboratórios não foram pagos pela Prefeitura e estão renegociando a dívida para que o atendimento seja normalizado. Somente os casos de urgência estão sendo atendidos", disse uma funcionária que pediu para ter o nome divulgado.

Além dos pacientes terem de esperar a virada do ano para poderem ser atendidos, outro problema indicado pela dona de casa Ana Maria Jatobá foi a falta de medicamentos que são prescritos pelos médicos. "Dos três remédios que me foram prescritos, só consegui um deles. Os outros disseram que estão em falta e sem prazo de chegar", contou. Os remédios em falta seriam o Secnidazol e o Metronidazol.

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde informou que não procede a afirmativa de atraso no pagamento da Biofast, empresa credenciada para a realização do serviço e que, somente exames em caso de urgência são colhidos de imediato. Já os exames de rotina podem demorar um pouco mais. Já em relação aos remédios a Pasta informou que não procede a informação de falta de medicamentos.

O estoque atual de Cetoconazol no Almoxarifado Central é de 237.530 comprimidos; do Metronidazol é de 324.380 unidades e o de Secnidazol é de 21.626 itens. O que pode ter ocorrido segundo a secretaria é um desabastecimento pontual na UBS Vila Rio, mas a reposição é feita com frequência e, além disso, a paciente pode retirar o medicamento normalmente em qualquer outra unidade da rede.

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