Em nota à imprensa por meio de um advogado, a família do menor M.B.S., 17 anos, principal suspeito pelo desaparecimento da adolescente Bruna Tadim de Souza, 16, manifestou-se sobre o caso.
No texto, os familiares alegam se compadecerem com o sofrimento vivido pela família da jovem e que estão abatidos e desnorteados com as acusações contra o menor. "Que as investigações encontrem a verdade real e que seja descartada a responsabilidade de M.B.S. pelo desaparecimento de Bruna", disseram em nota. Ainda no texto, os parentes do menor mencionaram estarem sofrendo ameaças.
M.B.S., que após depoimento foi liberado, é tido como o principal suspeito do sumiço de Bruna, que teria desaparecido no último dia 29 na região do Parque Cecap. Como já divulgado pela reportagem do Guarulhos Hoje, a menina teria sido atraída por meio de uma oferta de emprego em uma grande rede de cosméticos.
O menor também é acusado de aplicar o ‘golpe de falsa oferta de trabalho em outras duas adolescentes. No último dia 6, a vítima K.B., 16, de acordo com o pai, marcou o encontro com o rapaz e, chegando ao local combinado, foi forçada a entrar em um matagal, onde sofreu agressões físicas e sexuais, além de ter sido obrigada a usar entorpecentes. A vítima foi passa está sob acompanhamento médico e passa bem. A outra jovem, J.T.S., 17, também recebeu a proposta de M.B.S. dias depois do ocorrido com K.B. . Neste caso, a garota não compareceu ao encontro.
Trotes – Os parentes de Bruna mencionam a grande quantidade de trotes que têm sido passados à família. A mãe da adolescente, Celma, faz o apela que cessem os telefonemas com falsas informações. "Isto atrapalha a investigação", frisa.
A assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo informou que ontem o autor de um trote foi localizado e ouvido pelos investigadores.
De acordo com a mãe de Bruna, havia a probabilidade de outras duas pessoas, colegas de M.B.S., terem sido ouvidas pela polícia. A informação não foi confirmada pela Secretaria de Segurança.
Na última quarta-feira a equipe de investigadores da polícia civil solicitou a quebra do sigilo telefônico de Bruna e recebeu os computadores de K.B. e J.T.S. para perícia. No mesmo dia, J.T.S e a avó de Bruna, que estava com a neta no momento em que a mesma marcava o encontro com o menor, prestaram depoimento.
Quando desapareceu, Bruna trajava uma camisa branca, calça jeans clara e sandálias. Informações sobre o paradeiro de Bruna podem ser passadas à família por meio do telefone 9736-1036.