Enterrar o corpo do filho morto e depois descobrir que a pessoa sepultada é um desconhecido. O episódio aconteceu com a auxiliar de limpeza, Eliana Cristina da Silva, 37, no domingo, no cemitério Necrópole do Campo Santo, na Vila Rio de Janeiro. O Instituto Médico Legal (IML) não percebeu a troca de corpos e precisa pedir autorização judicial para exumar, fazer exame de DNA para que haja o enterro novamente.
Na quinta-feira, o desempregado Thiago Júnior da Silva, 16 anos, foi morto no Parque Santos Dummont, baleado no pescoço por policiais militares, segundo os familiares. O jovem teve passagem pela Fundação CASA (ex-Febem) e tinha envolvimento no tráfico de drogas. Os parentes foram ao IML e reconheceram o corpo como sendo de Thiago. Ele foi enterrado no domingo, às 9h.
"Enterrei meu sobrinho e depois tive de voltar para reconhecer o corpo correto. É um absurdo", afirma o motorista Hutemberg Wdson Rios Bispo, 32.
O oficial do IML, Cláudio Marcolino, afirma que os corpos estavam em avançado estado de decomposição. Ele admitiu que houve erro do IML, porém a família de Thiago errou ao não perceber que o corpo não era dele. Marcolino disse que a situação deve ser resolvida até amanhã.