Treze dias depois de receberem a notícia sobre a morte dos seis brasileiros por intoxicação em um apartamento no Chile, familiares e amigos enfim prestam nesta terça-feira, 4, as últimas homenagens em velório coletivo realizado em Biguaçu (SC), na grande Florianópolis.
O velório, que é realizado no ginásio de esportes da Univali, foi aberto ao público às 8h30 e os familiares não permitiram a entrada de fotógrafos e cinegrafistas. A cerimônia seguirá até as 15h30, quando os corpos serão levados para o cemitério de São Miguel, no mesmo município onde morava maior parte da família que inalou o gás.
A partir das 14h será realizada uma celebração religiosa com a presença do padre da paróquia local e um pastor adventista. A cerimônia é marcada por um misto de lamento e revolta – e parte dos amigos e familiares ainda não se conforma com a brutalidade da tragédia.
Amigos e familiares usam camisetas com fotos da família com os dizeres “Todos somos um só: Kruger, Muniz e Souza”.
Fabiano de Souza, de 41 anos, sua mulher, Débora Muniz Nascimento de Souza, 38, os filhos Felipe Nascimento de Souza, 13, e Karoliny Nascimento de Souza, 14; além de Jonathas Nascimento, 30, irmão de Débora, e a sua mulher, Adriane Kruger, 27, que moravam em Hortolândia, no interior de São Paulo, serão todos enterrados juntos em Biguaçu.
Os corpos dos seis brasileiros chegaram ao Aeroporto Internacional Hercílio Luz na noite de segunda-feira, 3, em dois voos da Latam depois de uma escala em São Paulo.
A polícia chilena ainda investiga se houve demora no atendimento da família que ainda na tarde do dia 22 de maio relatou os primeiros sintomas da inalação do gás monóxido de carbono.
Os brasileiros haviam viajado para Santiago no dia 19 de maio para comemorar o aniversário de Karoliny, que faria 15 anos no último dia 24. Filha de Débora e Fabiano de Souza, ela era afilhada de Jonathas, que lhe deu a viagem de presente.