A família do pequeno Felipe Camurça de Araújo, de 1 ano e oito meses, procurou o GuarulhosWeb para relatar os problemas que enfrenta desde que descobriu que o filho foi acometido por um abscesso cerebral, em decorrência da infecção por um vírus ou bactéria, segundo informou o pai Rafael Rodrigues de Araújo, de 30 anos. Para ele, a criança foi vítima de erros de diagnóstico médico em dois atendimentos que recebeu no Pronto Atendimento do convênio médico.
Os familiares lutam agora para que Felipe não seja transferido do Hospital Carlos Chagas, onde está internado, até que uma espécie de UTI seja instalada em sua casa para recebê-lo, já que eles têm ciência que o menino terá seqüelas permanentes.
Segundo o pai, tudo começou em 14 de novembro. Assistido pelo convênio Next Saúde, antiga Seisa, ele foi com o filho no Pronto Atendimento da empresa, na avenida Esperança, 400. A criança foi examinada, mas liberada, já que teria um diagnóstico de virose. Uma semana depois a família voltou ao local apresentando os mesmos sintomas e o menino foi novamente liberado. Conforme diz, os médicos alegavam que Felipe ainda estava com virose.
Inconformada diante do quadro, a família decidiu procurar um atendimento médico particular, que solicitou uma tomografia. Felipe foi, então, internado no dia 24 de novembro no Hospital Carlos Chagas, que pertence ao mesmo convênio médico, onde realizou todos os exames e teve como diagnóstico um abcesso cerebral, causado por um vírus, de acordo com as informações passadas pelos familiares.
Ainda segundo conta o pai, a família recebeu então a notícia de que Felipe teria limitações permanentes. “Meu filho ficou com sequelas definitivas. Nunca mais vai andar, falar, comer ou respirar sozinho. Ele está com uma traqueostomia e respirando com ajuda de nebulização. Sofre espasmo todo tempo. Preciso de ajuda pois a única maneira de ter ele vivo é com tratamentos adequados”, contou Rafael.
Diante da informação que o convênio iria transferir o menino da UTI do Carlos Chagas para a unidade da empresa na avenida Esperança, onde aconteceram os dois primeiros atendimentos, a família passou a lutar para mante-lo no mesmo local, até que uma espécie de Unidade de Terapia seja estruturada em sua casa. Rafael registrou um boletim de ocorrência na terça-feira (2), no 1º DP, relatando a experiência vivida para tentar impedir o deslocamento da criança.
O GuarulhosWeb procurou a assessoria do convênio para saber a versão da empresa sobre os fatos relatados. A resposta, por meio de nota, aponta que “NEXT Saúde confirma que o paciente permanece internado no Hospital Carlos Chagas, instituição credenciada escolhida pela família para a continuidade dos cuidados médicos necessários”.