A família de Kobe Bryant entrou em um acordo com o Condado de Los Angeles e aceitou o valor de US$ 28,5 milhões (R$ 148,2 milhões) como indenização pela divulgação de fotos do acidente de helicóptero que matou o astro de basquete e sua filha de 13 anos, Gianna, além de outras vítimas, em 2020. As imagens foram registradas e compartilhadas por bombeiros e policiais de Los Angeles.
O valor é o total da soma do acordo com o condado e a decisão de um juiz federal favorável a Vanessa Bryant, viúva de Kobe. O entendimento da Justiça é que as fotos invadiram a privacidade da viúva e causaram estresse emocional. Vanessa já relatou ter ataques de pânico em seu processo de luto e que chegou a acreditar que marido e filha ainda estavam vivos.
"O dia de hoje marca o culminar bem-sucedido da batalha corajosa da Sra. Bryant para responsabilizar aqueles que se envolveram nessa conduta grotesca", disse o advogado da família Bryant, Luis Li, em um comunicado. "Ela lutou por seu marido, sua filha e por todos aqueles na comunidade cuja família falecida foi tratada com o mesmo desrespeito", concluiu.
A decisão foi considerada "justa e razoável" por Mira Hashmall, advogada que representa o Condado de Los Angeles. "Nós esperamos que a Senhora Bryant e toda a sua família continuem se recuperando dessa perda", afirmou.
MVP da temporada 2007/2008, Kobe Bryant foi cinco vezes campeão da NBA com o Los Angeles Lakers, única franquia que defendeu na carreira, e somou dois ouros olímpicos com a seleção dos Estados Unidos, em 2008 e 2012. Ele estava viajando com a filha Gianna e outras sete pessoas para um jogo de basquete juvenil quando o helicóptero que os transportava caiu em uma região montanhosa de Calabasas, cidade californiana do condado de Los Angeles.
Bombeiros e policiais que atenderam o caso tiram fotos dos corpos e dos destroços. As imagens foram compartilhadas entre funcionários do Condado e de diferentes departamentos do Corpo de Bombeiros. A defesa da família Bryant argumentou que as fotos não tinham propósito oficial ou investigativo e as classificou como mera "fofoca visual".