Saúde

Farmácias de manipulação atraem cada dia mais guarulhenses

Dosagem precisa dos medicamentos e indicações médicas explicam aumento no setor

Seja por preferência dos clientes ou maior recomendação dos médicos, as farmácias de manipulação de remédios se expandem. O Conselho Federal de Farmácia afirma que havia 7.341 locais deste tipo no Brasil em 2009, número superior aos 2.100 registrados em 1998. Em Guarulhos são 32 com autorização para funcionar, sendo que nenhuma recebeu qualquer autuação por irregularidades pela Vigilância Sanitária Municipal neste ano.

Para Leila Maluli Taiar, proprietária da Guarucentro, os clientes têm procurado as farmácias de manipulação pelo tratamento diferenciado. Um medicamento produzido na indústria pode não atender os padrões específicos de determinados pacientes, o que contribui para o crescimento do mercado das farmácias de manipulação, desde que os remédios em questão não sejam patenteados.

Segundo Leila, não é possível afirmar que os medicamentos manipulados são mais baratos que os industrializados pela menor quantidade de impostos cobrados. "Nem sempre é mais barato. Depende de uma série de situações, como a extensão do tratamento", afirma.

Na opinião do farmacéutico André Coqueleti, da Pharmacea, houve um crescimento de 20% de consumidores nos últimos cinco anos. "Temos até 700 clientes diariamente", diz. Ele explica que há pacientes que precisam tomar uma grande quantidade de pílulas e na manipulação se consegue concentrar as fórmulas em um único comprimido.

O comerciante Mario Rodrigues, 61, utiliza remédio manipulado para pressão alta há três anos. Ele considera o preço de R$ 15 a principal vantagem. Já o aposentado Antonio Benites Filho, 44, compra há cinco anos medicamento para diabetes. Ele afirma que o produto industrializado disponível obrigaria ele a tomar uma pílula e meia por dia do remédio. Com o manipulado ele consegue a quantidade necessária em um comprimido só.

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