Enquanto um secretário municipal leva para casa todo mês R$ 11.359,09 de salário fora uma série de benefícios que o cargo lhe propicia, um motorista da Prefeitura – que tem carga horária de trabalho de 40 horas semanais, controladas por um rígido sistema de ponto – sobrevive com R$ 1.234,38.
Por ser um cargo de confiança, o secretário não passou por qualquer concurso. Foi indicado pelo prefeito Sebastião Almeida (PT) ou pelo partido que está no poder. O motorista – que trabalha há muitos anos na administração, aprovado por um concurso público – amargou durante os anos de Elói Pietá como prefeito apenas 1% de reajuste por ano. Depois, já como Almeida prefeito, apenas a reposição da inflação do período passado e olhe lá.
Esta é apenas uma demonstração de como a atual administração trata de forma diferenciada os amigos do rei e aqueles que suam a camisa para manter a Prefeitura em pé. Neste momento, Guarulhos convive com 2.400 funcionários comissionados, que nunca passaram por um concurso público e que o Executivo nem sabe se trabalham ou não e nem os locais onde estão lotados. Ao final de um ano, esse exército consome – conforme revelado pela Folha do Ponto – nada menos do que R$ 200 milhões por ano em salários e encargos. O número representa mais de 5% do orçamento do Município.
Já os servidores municipais, em número que se aproxima de 30 mil pessoas, iniciaram o mês de maio com a notícia que o prefeito concedeu o reajuste de 5,67%, que mal recompõe a inflação do período passado. E ainda assim só para aqueles que ganham até R$ 2.100,00. Para quem recebe mais do que isso, o reajuste virá em duas vezes. 3% agora e o restante somente em agosto.
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