Política

FARRA – População sente na pele desprezo pelos servidores

Quando um cidadão chega a uma Unidade Básica de Saúde e dá com o nariz na porta porque não tem médico, muitas vezes não entende os motivos.

Mas quando você analisa a folha de pagamento da Prefeitura é fácil perceber porque os médicos correm de Guarulhos que nem um diabo foge da cruz.

Depois de passar cinco anos em uma faculdade particular de Medicina com mensalidades que passam de R$ 2.000,00 por mês, fora livros e demais custos que envolvem a formação profissional, o estudante ainda precisa ralar muito como Residente, ganhando uma miséria e virando noites e mais noites sem dormir para conseguir uma especialização. Se, depois de formado, conseguir montar um consultório particular e passar a atender em clínicas privadas, receberá perto de R$ 10 mil a R$ 15 mil no início de carreira.

Ou, se preferir, depois de passar em um concurso na Prefeitura de Guarulhos, ganhará por mês R$ 4.368,32. Sim. Pouco mais de R$ 4 mil para trabalhar numa unidade de saúde da periferia que, muitas vezes, não oferece segurança nem para ele estacionar o carro ou para se proteger de populares enfurecidos pelo atendimento precário.

Os médicos ainda precisam se deparar com a triste realidade de uma população que busca no atendimento médico mais que uma assistência para curar sua doença. Às vezes, esperam ver atrás do jaleco branco um santo capaz – mesmo diante da falta de equipamentos básicos e da estrutura mínima para atendimento – resolver todos os seus problemas. Enquanto isso, bem longe dos problemas reais, em seu gabinete, o secretário municipal de Saúde, no caso o vice-prefeito Carlos Derman, um homem do partido, leva seus R$ 11.359,09 para casa todo mês.

 

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