Os programas de fidelidade fecharam o primeiro semestre deste ano com um faturamento total de R$ 3,25 bilhões, cifra 9,8% maior que a registrada em igual período de 2017. Os dados são da Associação Brasileira das Empresas do Mercado de Fidelização (Abemf), que compilou os resultados de seis associadas (Dotz, LTM, Multiplus, Netpoints, Smiles e TudoAzul) em conjunto com a consultoria GS&MD.
O presidente da entidade, Roberto Chade, aposta que esse mercado, que passou praticamente ao largo da última crise doméstica, deve permanecer em crescimento mesmo com o cenário econômico mais desafiador. “Ninguém gosta de crise, quando o Brasil não cresce. Mas, para nós, há alguns aspectos que vêm fortalecendo a indústria. Os consumidores passam a ser mais preocupados em fazer seu dinheiro valer mais”, observou, na abertura do 3º Fórum Brasileiro de Fidelização.
Chade, que também preside a Dotz, afirmou que o mercado de fidelização vem empreendendo esforços para trazer mais consumidores às plataformas, aprimorar o engajamento dos que já fazem parte delas e melhorar a oferta de produtos. Para mostrar o potencial de expansão da indústria, ele exemplifica que, em mercados maduros como os Estados Unidos, os consumidores participam de até 17 programas de fidelidade, enquanto no Brasil os consumidores mais ativos participam de 3 ou 4.
Entre janeiro e junho, foram emitidos 136,8 bilhões de pontos e milhas, volume 16,6% superior se comparado ao do mesmo intervalo de 2017. O grupo “varejo e bancos” segue como a principal fonte de acúmulo, com 88,9% do total – os 11,1% restantes provêm das viagens.
Já os resgates de pontos e milhas somaram 117,0 bilhões no primeiro semestre, alta de 19,8% na comparação anual.
As passagens aéreas se mantêm como as mais procuradas pelos usuários na hora dos resgates (73,9% no período), mas a Abemf destaca que a categoria “produtos e serviços” vem ganhando espaço, tendo atingido share de 26,1% (ante 23,8% no primeiro semestre de 2017).
No cenário nacional, São Paulo se manteve como o destino de viagem mais procurado para o resgate de passagens aéreas, seguida de Rio de Janeiro e Brasília. Em viagens internacionais, Miami está no topo de ranking, seguida de Orlando e Buenos Aires.
Em relação aos cadastrados, o número de participantes nos programas associados à Abemf atingiu 120,6 milhões em junho, representando um avanço de 20,8% na base anual.