O faturamento líquido total do setor de máquinas e equipamentos brasileiro recuou 4,6% em julho comparativamente a junho, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). Na comparação com julho do ano passado, o faturamento líquido total da indústria recuou 10,5%.
No acumulado de janeiro a junho, o faturamento do setor caiu 9,2% e no acumulado de 12 meses, a queda foi de 8,6%.
<b>Consumo aparente</b>
O consumo aparente de máquinas e equipamentos fabricados no Brasil em julho recuou 5,1% na comparação com junho, informou a Abimaq. Na comparação com julho do ano passado, o consumo aparente de máquinas e equipamentos caiu 9,9%.
De janeiro a julho, o consumo aparente de máquinas e equipamentos registrou baixa de 8,3% e no acumulado de 12 meses a queda foi de 7,2%.
O consumo aparente de bens industriais é definido como a parcela da produção industrial doméstica destinada ao mercado interno, acrescida das importações.
<b>Nuci</b>
Conforme a Abimaq, o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) da indústria de máquinas e equipamentos brasileira encerrou o mês de julho mostrando uma queda de 0,9% em relação a junho, devolvendo o crescimento de maio e junho e atingindo 74,9% em 2023.
Segundo a entidade, em julho o setor operou, em média, em dois turnos.
A carteira média de pedidos no mês de julho estabilizou em 10,7 semanas de atividade, ainda de acordo com a Abimaq, mas registrou melhora nos setores fabricantes de máquinas para bens de consumo, máquinas para transformação de metais e máquinas para logística e construção civil.
<b>Balança comercial</b>
As exportações brasileiras de máquinas e equipamentos cresceram 12,2% em julho em relação a junho, segundo a Abimaq. Na comparação com julho do ano passado, os embarques feitos de máquinas e equipamentos para o exterior cresceram 16,7%.
No ano, de janeiro a julho, as exportações de máquinas e equipamentos cresceram 18,6%. Em 12 meses até julho as vendas ao exterior de máquinas e equipamentos aumentaram 16,4%.
"O aumento das vendas para países da América do Norte e do Sul continua como destaque. No ano, o crescimento foi de 27% e 10,5%, respectivamente", afirmam os economistas da Abimaq.
Ainda de acordo com a entidade, a maior parte das vendas externas no ano foi direcionada para a América do Sul, que absorveu 34,5% do total de máquinas e equipamentos exportados pelo País. Desta região, a Argentina foi responsável por pouco mais de um terço dos 34,5%, ou 12,2% do total das exportações. A América do Norte consumiu no período 34% das exportações totais e a Europa, 13,9%.
As importações, por sua vez, cresceram 2,4% em julho em relação a junho e 15,8% na comparação com julho de 2022. No acumulado do ano as importações de máquinas e equipamentos cresceram 14,3% e em 12 meses, em 15,8%.
<b>Emprego</b>
De acordo com a Abimaq, o número de trabalhadores na indústria brasileira de máquinas e equipamentos ficou estável em julho, repetindo os mesmos 392.752 colaboradores registrados em junho.
No ano, período de janeiro a julho, a indústria de máquinas e equipamentos criou quase 2.500 postos de trabalho. Por outro lado, de acordo com a entidade, em relação a setembro do ano passado, período que registrou número recorde de pessoas empregadas no setor, o quadro de pessoal encolheu em mais de 6,5 mil pessoas.
Na comparação com julho do ano passado, o quadro de empregados no setor encolheu 0,9%. Mas entre os grupos produtores de máquinas se observou admissões nos produtores de componentes para bens de capital, de máquinas para logística e para construção civil.