O faturamento da indústria caiu pelo segundo mês consecutivo, acompanhado de uma queda na utilização da capacidade instalada. No mês passado, o faturamento das fábricas brasileiras caiu 0,4% ante junho, já considerando os efeitos sazonais entre os dois meses. Há desaceleração também na comparação com julho do ano passado, de 0,2%. No ano, a alta foi de 14,1%. "O faturamento vinha alternando altas e baixas desde janeiro, com altas seguidas de quedas de maior magnitude", observa a Confederação Nacional da Indústria (CNI) ao comentar os Indicadores Industriais divulgados nesta quinta-feira, 2.
A utilização da capacidade instalada na indústria chegou a 82,3% em julho, redução de 0,3 ponto porcentual em relação ao mês anterior e aumento de 6,1 p.p. na comparação anual.
Já o emprego na indústria cresceu 0,5% em julho ante junho, completando 12 meses de altas consecutivas. Aumentou 5,5%, na comparação com o mesmo mês do ano passado. De janeiro a julho, o emprego no setor subiu 3,7%.
Apesar da queda no faturamento, as horas trabalhadas nas fábricas aumentaram levemente no mês passado, 0,3% em relação ao anterior, considerando o ajuste sazonal.
A massa salarial real na indústria caiu 2,3% em relação a junho, mas subiu 5,5% na comparação com julho de 2020. No ano, o aumento foi de 2,4%.
Já o rendimento médio real no setor teve queda de 3,1% no mês, de 1,5% no comparativo anual e de 1,2% no acumulado de 2021.