O médico Anthony Fauci, principal especialista em doenças infecciosas do governo dos EUA, afirmou neste domingo, 11, que "é inteiramente concebível, talvez provável" que os americanos precisem de uma dose de reforço da vacina covid-19 nos próximos meses, mas é muito cedo para o governo recomendá-la.
Fauci, que é o principal conselheiro do presidente Joe Biden sobre o tema, disse que o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) e a Agência Reguladora Sanitária do país (FDA, na sigla em inglês) fizeram a coisa certa na semana passada, ao se posicionarem contra a afirmação da farmacêutica Pfizer sobre um reforço em 12 meses. Horas depois da declaração da Pfizer, na quinta-feira, 8, de que buscaria autorização para uma terceira dose, as duas agências disseram que não consideravam as doses de reforço necessárias "neste momento".
Fauci disse que os estudos clínicos e os dados laboratoriais ainda precisam comprovar totalmente a necessidade de um reforço para as atuais vacinas Pfizer e Moderna de duas doses ou o regime de uma dose da Johnson & Johnson.
"No momento, com os dados e as informações que temos, não precisamos dar às pessoas uma terceira dose", disse Fauci. "Isso não significa que paramos por aí. … Há estudos sendo feitos agora, enquanto falamos sobre como analisar a viabilidade sobre quando e se devemos partir para esse caminho."
Segundo o médico, é bem possível nos próximos meses "conforme a evolução dos dados" que o governo possa exigir um reforço com base em fatores como idade e condições médicas. "Certamente é inteiramente concebível, talvez em algum momento precisaremos de um novo impulso", disse Fauci. (FONTE: ASSOCIATED PRESS)